Lote da marca Ades deve ser retirado das gôndolas de todo o País após irregularidades detectadas
O Procon visitou três supermercados de Ribeirão Preto nesta segunda-feira (18) à tarde para confirmar se as lojas ainda vendiam os produtos do lote TBA3G da linha Ades, que foram proibidos em determinação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Nos três locais, os produtos ainda eram comercializados.
Com o documento em mãos, Paulo Garde, coordenador do Procon-RP, pediu que os gerentes das lojas retirassem os produtos das gôndolas, os levassem para um depósito e separassem as unidades do lote proibido. Todos acataram. “Nosso primeiro passo é avisar e orientar os supermercados, para não haver prejuízos aos consumidores. Se por acaso houver reincidência, pode ser aplicada multa”, afirmou. Segundo ele, o valor de uma autuação varia segundo o faturamento da empresa.
Rogério Torquetti, gerente da loja O Dia na Avenida Barão do Bananal, no Jardim Zara, disse que aguardava uma determinação da superintendência da empresa. “Mas vamos respeitar o pedido do Procon, em respeito ao consumidor.”
Silvio Soares, gerente de RH do Mialich, afirmou que esperava um aviso da Apas (Associação Paulista de Supermercados). “Fiquei sabendo dessa determinação, mas estávamos esperando por um ofício. Mas já vamos comunicar todas as lojas para tirar os produtos das gôndolas", disse. A loja do Savegnago na Avenida Treze de Maio também foi visitada.
A Apas informou que já orientou seus associados a suspenderem a comercialização da linha Ades do lote TBA3G. E que os outros produtos da marca, que não foram delimitados pela Anvisa, continuam disponíveis nos supermercados.
PUNIÇÃO
Em sua resolução, a Anvisa informou que a medida é temporária e foi tomada “por suspeita de [os produtos] não atenderem às exigências legais e regulamentares da agência”. A medida é temporária. Nesta segunda-feira (18), a Vigilância Sanitária do Estado de Minas Gerais e da cidade de Pouso Alegre, onde está a fábrica responsável pelo lote, farão inspeção. “Caso seja verificado que o problema tenha, de fato, sido solucionado e que não atingiu outros lotes e sabores, os produtos poderão ser, novamente, liberados pela Anvisa”, disse a agência, em nota.
A Anvisa tomou a iniciativa depois que a Unilever, responsável pela linha Ades, identificou problemas na higienização das máquinas de sua fábrica em Pouso Alegre, na semana passada. A empresa afirmou que os problemas já foram sanados.