Aconteceu em Campinas, em outubro de 1924:"Eustachio era pastor. O industrial Mathias e sua sobrinha foram passear de barco no rio. Perto dali, o galã e um amigo pastoreavam carneiros. Alguma coisa acontece e a moça desmaia. O barco desgoverna e enrosca na beirada de uma cachoeira. Ela grita por socorro e o pastor ouve. Procura de onde vem a voz. Corre e vê o barco enroscado. Atira-se, com o amigo, dentro d'água. O amigo é levado pela correnteza. O pastor entra sob a cachoeira e escala as pedras até alcançar o barco. Pega a moça e a deixa numa das margens. Volta e salva o velho. Coloca-o também na margem e volta-se para atender a moça.Matias escorrega e vai de novo cair no rio, mas ainda a tempo de o herói segurá-lo por uma perna. O pastor leva os náufragos para uma tapera e manda um molecote buscar uma charrete. Há despedidas: a sobrinha - já interessada pelo pastor - e o industrial voltam para casa. O galã, sozinho, pesca e pastoreia com o amigo. Julga ver a moça dentro d'água. Passado algum tempo, vence a timidez, põe sua melhor roupa e vai visitar a moça.O rapaz segue pela estrada. Na direção contrária, vem o industrial, num carro com chofer. O pastor sobe no automóvel e volta para a cidade. Dá-se o reencontro com a moça e começa um namoro entre eles. Mas havia um primo que gostava da heroína ou pretendia se casar com ela - e tinha ciúme do pastor. O primo compara sua elegância à simplicidade do rival. Numa cena, os namorados estão no jardim, o primo elegante aparece e os olha com cara terrível. O tempo passa. O pastor, já mais arrumado, mora na cidade e continua namorando a moça, mas não tem coragem de pedi-la ao tio -- que gostaria muito de vê-los casados. Afinal, a moça toma a iniciativa e sugere ao tímido galã que vá falar com o tio sobre o casamento. Empurra-o para dentro do gabinete de Matias. Este o recebe cordialmente. O rapaz senta-se e começa a fazer o pedido .O primo elegante irrompe gabinete adentro e se enfurece ao ver que está prestes a perder o bom partido, a prima, para um simplório pastor. Ofende o galã e desacata o industrial. O pastor defende o tio e o primo foge, ao se dar conta da força do rival. O galã persegue o primo e há uma tremenda luta no Bosque dos Jequitibás, onde o vilão é rasgado e derrotado de uma vez por todas. Daí, é um passo para o casamento e o beijo final."Você sabe quem era quem? Wanda Florisi (heroína), Eustachio Dimarzio (galã), Alfredo Carmonário (Mathias), Benedito Roberto Barbosa (vilão), Olívio Dardes (charreteiro) mais Isa Lins e J. A. Barbosa. Produção: Aladino Selmi e Eustachio Dimarzio; direção de Antônio Dardes Neto; montagem de Felipe Ricci e fotografia de Thomas di Túlio.Fragmentos desta sinopse estão no ótimo “Dicionário de Filmes Brasileiros”, de Antônio Leão da Silva Neto. Deve ser o primeiro filme feito em Campinas, pelos sobrenomes tradicionais da vida da cidade. Não há cópias, só retalhos. Passou no Cine São Carlos, do qual não restam nem fragmentos. Só fotos.Pregado no poste: “Campinas saiu de cartaz?”
