CULTURA

Primeira Mostra de Cinema Italiano

A expressão é ideal para dar boas-vindas ao grupo italiano que invade Campinas para a mostra de cinema regada a boa comida e exibição gratuita de filmes

Kátia Camargo
02/04/2017 às 16:21.
Atualizado em 22/04/2022 às 19:50
Minha Mãe: a diretora de cinema Margherita (Margherita Buy) está prestes a iniciar as filmagens de um longa-metragem, que será protagonizado pelo galanteador astro internacional Barry Hughins (John Turturro) (Divulgação)

Minha Mãe: a diretora de cinema Margherita (Margherita Buy) está prestes a iniciar as filmagens de um longa-metragem, que será protagonizado pelo galanteador astro internacional Barry Hughins (John Turturro) (Divulgação)

Os amantes da sétima arte já estão bem familiarizados com consagrados diretores italianos como Antonioni, Benigni, Bertolucci, Fellini, Monicelli, Pasolini, Visconti e tantos outros gênios das clássicas películas da terra da bota. Mas uma nova geração de talentos tem despontando em todo o cenário internacional. Campinas, que tem 300 mil italo-descendentes receberá, entre os dias 6 a 13 de abril, a primeira Mostra de Cinema Italiano. Durante o evento, um pedacinho da Itália invadirá a cidade, pois além da exibição dos longas, atores e diretores dos filmes que serão exibidos no evento vão estar por aqui. Eles participarão de debates nas universidades e terão a oportunidade de conhecer melhor a cidade. Durante a mostra será realizada uma apresentação da Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas, que fará um concerto com canções inspiradoras de longas como A Vida é Bela, Cinema Paradiso, O Poderoso Chefão e clássicos de Federico Fellini. A Praça Carlos Gomes será palco do Cine Gourmet, que trará pratos que levam nomes de filmes e atores italianos. Ao todo, serão exibidos gratuitamente 15 filmes contemporâneos, além de três obras antológicas do cineasta Elio Petri (1929-1982), homenageado no evento. A entrada para todas as películas será gratuita e as exibições ocorrerão no Teatro Castro Mendes e no Top CinePlex do Shopping Prado Boulevard. “Fizemos um convênio por cinco anos e está será a primeira de outras quatro mostras que ainda vão ocorrer na cidade. Trata-se de um evento internacional com obras de alto gabarito”, conta o secretário municipal de Cultura, Ney Carrasco. O evento contará com estreia mundial do filme A Verdade (Le Verità), do diretor Giuseppe Alessio Nuzzo. Entre as outras obras incluídas na programação estão Funcionário do Mês (Quo vado?), de Gennaro Nunziante; As Confissões (Le confessioni), de Roberto Andò; Fogo no Mar (Fuocoammare), de Gianfranco Rosi; Loucas de Alegria (La pazza gioia), de Paolo Virzì; Meu Nome é Jeeg Robot (Lo chiamavano Jeeg Robot), de Gabriele Mainetti; Maravilhoso Boccaccio (Maraviglioso Boccaccio), dirigido por Paolo Taviani e Vittorio Taviani; Minha Mãe (Mi madre), de Nanni Moretti; A Espera (L’attesa), de Piero Messina; O Conto dos Contos (Il racconto dei racconti), dirigido por Matteo Garrone, entre outros. Detalhes da programação e como assistir as películas, acesse o cinemaitaliano.campinas.sp.gov.br. Na ocasião haverá também debates acadêmicos que contarão com a presença dos cineastas Giuseppe Alessio Nuzzo, diretor do filme A Verdade e do documentarista italiano Gianfranco Pannone, duas vezes premiado no Festival de Torino, em 1998 e 2001, além do ator e produtor Francesco Siciliano. Um ou mais artistas participarão de sessões especiais e vão debater, com estudantes e professores, aspectos da realidade italiana e da arte cinematográfica na Unicamp, na PUC-Campinas, na Universidade Presbiteriana Mackenzie, na Esamc e na Unisal. Cidade-irmã A ideia do evento surgiu após uma comitiva da Prefeitura Municipal de Campinas visitar em 2016 a Itália para conhecer Lecco. Campinas se tornou cidade-irmã de Lecco, a cidade italiana onde o maestro campineiro Carlos Gomes passou boa parte da vida. A casa em que viveu, hoje é sede do Instituto de Música Giuseppe Zelioli. O secretário de Cultura, Ney Carrasco, lembra que durante a visita na Itália foi feito um convênio com o Ministério da Cultura italiano. De acordo com a Secretaria de Cultura, a iniciativa de trazer a mostra ao Brasil foi do governo local, responsável pelo custeio da mostra. “Para que o evento fosse realizado, a Itália bancou a maior parte dos custos. Eles gastaram 200 mil euros com a produção e legendaram todos os filmes em português. E uma das exigências foi que os filmes fossem exibidos gratuitamente”, conta. Ele ressalta que o país tem interesse que os brasileiros conheçam as novas produções italianas. E o fato de Campinas ter as melhores universidades do Brasil também pesou para que a mostra viesse para a cidade. “Uma das exigências da parceria é que acontecessem debates com as universidades sobre os filmes”, conta.  

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