QUEDA DE BRAÇO

Pressionado, superintendente do IPM deixa o cargo

Luiz Carlos Teixeira entregou carta de demissão à prefeita, que aceitou o pedido; a exoneração dele era reivindicada pelo Sindicato dos Servidores

Guto Silveira
05/07/2013 às 06:55.
Atualizado em 25/04/2022 às 10:18

Depois de uma manifestação do Sindicato dos Servidores Municipais (SSM) em frente ao prédio do Instituto de Previdência dos Municipiários (IPM), no último dia 28 e repetida nesta quinta-feira (4), o superintendente da autarquia, Luiz Carlos Teixeira, pediu demissão do cargo. Ele entregou sua carta de demissão à prefeita Dárcy Vera (PSD), que aceitou a decisão. “Quero agradecer o Teixeira por todo o empenho e lealdade que dedicou a este governo enquanto esteve à frente do IPM”, disse a prefeita.

O ex-superintendente alegou a existência de novos desafios para deixar o cargo. “Tenho novos desafios pela frente para serem enfrentados, mas ressalto que minha relação de lealdade e confiança continua com a prefeita. Independente de estar ou não no IPM continuo a disposição da prefeita para ajudar a construir ainda mais Ribeirão Preto”, disse Teixeira. Mas, na verdade, o SSM “pediu sua cabeça” desde a primeira manifestação.

O motivo do primeiro protesto foi a falta de repasse de valor recolhido a maior pelo IPM nos últimos cinco anos. Foram R$ 21 milhões, sendo R$ 14 milhões da Prefeitura, que já foi devolvido. Os outros R$ 7 milhões, dos servidores, deve ser devolvido nesta sexta-feira, em função da manifestação dos servidores. Eles também pediram a exoneração de Teixeira e ameaçaram participar da greve geral no País, marcada para o dia 11.

A Prefeitura ainda não fala em nomes para o cargo, mas o SSM promete acompanhar de perto a nomeação. “Sempre lutamos para que o cargo da superintendência, bem como os demais comissionados no IPM, fossem ocupados por servidores de carreira (efetivo). Essa luta estará sempre em nossa pauta, pois entendemos que os maiores interessados no IPM são os servidores”, disse Wagner Rodrigues, presidente do Sindicato.

O sindicalista afirmou ainda que a nomeação do superintendente é uma prerrogativa do governo, mas gostaria de ver atendida a reivindicação. A exoneração também não cessa as manifestações do sindicato. Nesta quinta-feira, os diretores despacharam da frente do prédio e pretende continuar com a prática. Também promete realizar, no local, várias assembléias com trabalhadores.

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