Três homens foram detidos pela polícia nesta madrugada, segundo Secretaria de Segurança Pública
A polícia prendeu na madrugada deste sábado, 27, três suspeitos de matar a dentista Cinthya Magaly Moutinho de Souza, de 47 anos, na quinta-feira, 25, em São Bernardo do Campo, no ABC. Os bandidos atearam fogo nela enquanto estava viva. Informações preliminares dão conta de que a prisão ocorreu na região do ABC, entre Diadema e São Bernardo do Campo, por volta das 2h30.
Um dos três detidos seria Jônatas Araújo, de 21 anos, que foi reconhecido pela mãe em imagens gravadas pela câmera de uma loja de conveniência, onde fez saque com o cartão de Cinthya.
Outros dois homens foram presos na mesma ação - totalizando cinco pessoas capturadas -, mas eles não teriam envolvimento com o crime. Os suspeitos foram levados para o Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), na região da Luz, no centro da capital.
A Secretaria Estadual da Segurança Pública (SSP) foi procurada pela reportagem diversas vezes pela manhã, mas só conseguiu confirmar as prisões no início da tarde deste sábado.
O CRIME
Três criminosos invadiram a clínica odontológica de Cinthya na tarde de quinta-feira, e dois deles roubaram seu cartão de crédito para fazer um saque em um caixa eletrônico. Ao constatarem que a dentista só tinha R$ 30 na conta, eles retornaram ao consultório, atearam fogo na vítima e fugiram - a polícia suspeita que haja um quarto envolvido no crime, que estaria esperando no Audi preto do lado de fora. Araújo foi identificado pelas câmeras de segurança do posto de gasolina onde foi feito o saque.
Cinthya atendia uma paciente - cujo nome não foi divulgado - quando os criminosos apertaram a campainha. Um dos bandidos disse que precisava de atendimento odontológico e a dentista abriu o portão, momento em que os outros dois criminosos invadiram a casa. A paciente ficou com os olhos vendados durante todo o assalto e teve a bolsa, o celular e dinheiro roubados.
Uma vizinha da dentista sentiu o cheiro de queimado e ouviu os gritos da vítima. Foi ela quem chamou o Corpo de Bombeiros. "Ouvi alguém pedindo socorro e fui até o portão do consultório ver o que estava acontecendo", disse a mulher.
O consultório de Cinthya funcionava nos fundos de sua casa. Ela era solteira e morava com os pais e uma irmã, que tem deficiência mental. "A Cinthya era uma mãe para a irmã. Elas ficavam sempre juntas", disse seu pai, Viriato de Souza.
Na manhã da sexta-feira, 26, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) classificou o crime de "bárbaro" e disse que as prisões aconteceriam "nas próximas horas".