Preso técnico acusado de matar a namorada grávida

A Polícia de Votorantim, na região de Sorocaba, prendeu por 30 dias, nesta segunda-feira (23), o técnico de informática Diogo de Souza, de 20 anos, acusado de matar a namorada de 17, grávida dele.De acordo com a apuração da polícia, o crime teria sido cometido para evitar que a adolescente contasse para a mulher, com quem o técnico vivia em Sorocaba, sobre a existência do namoro deles.Diogo de Souza teria levado Adriane Aparecida Hilureiz para a represa de Itupararanga, em Votorantim, local onde trocaram alianças, embora o namoro tivesse só seis meses, e lá teria cometido o crime.O técnico nega. Disse à polícia que estava na represa e que discutiu com a namorada porque ela teria dito não ter certeza se o filho era dele. Mas Diogo afirmou tê-la deixado viva quando saiu do local.O corpo foi encontrado coberto por folhagens e com um ferimento grande na cabeça no dia 17 de setembro, três dias após a morte. A perícia ainda não apurou se a morte foi provocada pelo ferimento.Em novo depoimento, após o corpo ter sido encontrado, o técnico disse que a namorada caiu e bateu com a cabeça em uma pedra. Só que desta vez ele afirmou tê-la deixado morta no local.A contradição e a falta de explicações convincentes para ter deixado a namorada morta naquele local levaram o delegado de Votorantim, José Manoel Martins, a pedir a prisão preventiva do técnico.O delegado afirmou que existem muitos pontos a ser esclarecidos ainda, mas que a prisão do rapaz era fundamental para a investigação, principalmente para que uma amiga da namorada possa falar.Essa pessoa, segundo o delegado, era reprovada pelo técnico e Adriane teria dito ao namorado que estaria indo conversar com ela no dia do crime, mas foi convencida a se encontrar com ele antes.A garota teria esperado pelo namorado no Terminal São Paulo, em Sorocaba, e de lá ele a levou para a represa de Itupararanga. Pelo que o delegado apurou, Adriane teria dito a ele que iria contar do namoro.O casal se conheceu em um restaurante em Votorantim, onde ela era caixa e ele foi prestar serviços de informática, e mantinha segredo porque o dono não permitia relação entre funcionários.Mesmo assim, os dois se viam diariamente entre 18h e 22h sem que ninguém soubesse. Só no último mês é que Diogo de Souza contou sobre o namoro para a sua família, mas não falou da gravidez.O delegado aguarda o laudo do IML (Instituto Médico Legal) e a tomada de depoimentos da mãe da vítima, da mulher que vivia com ele e da amiga que ele queria afastar para encerrar o caso.