Primeiro dia de elefanta aumenta em quatro vezes o número de visitantes ao zoológico
Nas primeira hora de visitação ao recinto da elefanta Maison, na manhã deste sábado (22), o número de pessoas que entraram pelas duas portarias do Bosque e Zoológico Municipal passou de 100 para 500, segundo o administrador do local, Alexandre Gouvêa. “Em sábados normais o movimento é bem menor. Mas ainda não atingimos o maior número, já que o movimento maior ocorre a partir das 11h, tanto no sábado quanto no domingo”, afirmou, às 10h.
Crianças e adultos se aglomeraram ao lado do recinto para ver a elefanta, que é uma das três que recebem visitação pública no Estado de São Paulo. Há outro animal também em Sorocaba e outro na Capital. O vice-prefeito Marinho Sampaio (PMDB) passou pelo local ainda pela manhã.
A expectativa foi criada porque a elefanta foi doada à Prefeitura há 17 meses, mas só agora teve seu recinto concluído e aprovado pelo IBAMA. Antes, ficou em recinto provisório, sem a permissão de visitação. Também a construção do recinto atrasou em função de uma polêmica. A primeira licitação, com valor estimado de R$ 1,3 milhão foi denunciada e acabou suspensa. Com nova concorrência, o valor caiu pela metade, cerca de R$ 645 mil.
O doador da elefanta para a cidade, Carlos Antônio Biriba
Santos, 85 anos, o palhaço Biriba, estava entre os primeiros visitantes. Mas ele não viu o animal pela primeira vez. Desde que Maison foi para o zoológico ele vai ao local todos os dias. “Chamo ela de filhinha”, disse, contente com o início da visitação.
Antes da doação, Biriba teve medo que o animal fosse apreendido pela Polícia Federal e levado para Brasília, porque a apresentação de elefantes em circos foi proibida no Brasil. Ele ainda é sócio de dois circos, um que está em Manaus e outro em Belo Horizonte, mas pouco participa hoje da vida circense. “Vou de vez em quando”, afirmou.
Biriba disse que Maison tem 38 anos de idade e estava com ele há 35 anos. Ela veio da Índia, via Holanda e Argentina, de navio, até chegar ao Brasil. “Esta é a elefanta mais dócil das que estão em zoológicos no Brasil. Ela aceita, por exemplo, fazer a unha a cada três meses. Os outros precisam ser anestesiados”, afirmou.