INSEGURANÇA

Preocupado, Valdivia diz que fica no Palmeiras

O meia admitiu ter errado ao responder uma provocação da torcida antes da partida contra o Tigre, na Argentina

Agência Estado
08/03/2013 às 19:43.
Atualizado em 26/04/2022 às 01:31

O chileno Valdivia não se escondeu depois de ter sido principal alvo de torcedores organizados do Palmeiras em briga que aconteceu no aeroporto de Buenos Aires, na quinta-feira (07/03) de manhã, depois derrota para o Tigre. O meia admitiu ter errado ao responder uma provocação ainda antes do jogo, revelou que há um sentimento de insegurança, mas disse que não será isso que o afastará do Palmeiras.

Em entrevista coletiva nesta sexta-feira (08/03), Valdivia disse que a briga com a torcida em Buenos Aires "não é um acontecimento normal" e admitiu que ficou assustado. Ele relacionou a raiva da organizada a um momento ainda antes da partida contra o Tigre.

"Quando entrei no campo para o aquecimento, já fui xingado por um torcedor. Ouvi a voz dele e cometi um erro ao responder para esse torcedor (Valdivia fez um gesto obsceno). Nesse momento, os outros torcedores acharam que foi generalizado", explicou o chileno.

O meia tentou colocar panos quentes na briga com a organizada. "Muitas vezes fui hostilizado pelos torcedores da Mancha e nunca nunca mesmo, fiz nenhuma declaração contra eles. Sou muito grato a toda a torcida do Palmeiras. Agradeço ao apoio de todos os torcedores. Meu problema não foi contra a Mancha, foi contra uma pessoa que ficou me xingando. E essa pessoa já brigou com outros jogadores."

As cenas de guerra no aeroporto argentino assustaram Valdivia, que disse não andar com seguranças desde uma semana depois do episódio em que sofreu um sequestro relâmpago, no ano passado. "Tem um grau de preocupação com o que aconteceu. Vi muito ódio dos torcedores. Ontem (quinta), quando saí daqui (do CT), saí com o coração apertado, olhando no retrovisor para ver se não tinha ninguém me seguindo", confessou.

Mas o reforço na sensação de insegurança não vai mudar a decisão tomada por Valdivia depois de ele ter sofrido o sequestro relâmpago. O meia continua no Palmeiras. "Minha decisão não passa pelo que aconteceu ontem (quinta). Já superei. Forcei minha família a ficar para ficar mais tranquilo. O que aconteceu ontem (quinta) não muda meu carinho pelo Palmeiras, não muda o meu respeito pelos torcedores."

DÚVIDA PARA O CLÁSSICO

O chileno Valdivia segue como dúvida no Palmeiras para enfrentar o São Paulo, neste domingo (10/03), no Morumbi, em clássico válido pela 11.ª rodada do Campeonato Paulista. O meia, que sente dores na panturrilha, não participou do treino da tarde desta sexta na Academia de Futebol.

Mais cedo, o jogador passou por exames que indicaram que não há nenhuma lesão na sua panturrilha esquerda. Mas como ele continua com dores, ficou na academia fazendo trabalhos físicos para tentar se recuperar até o clássico. A tendência é ele ir a campo no treino de sábado (09/03) e, se aguentar a atividade, jogar normalmente contra o São Paulo.

Nesta sexta, o presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, acompanhado do diretor executivo, José Carlos Brunoro, e o gerente de futebol, Omar Feitosa, esteve no vestiário da equipe para uma conversa com o elenco antes do treino. A atividade acabou atrasada em cerca de 45 minutos por conta da forte chuva que caía na zona oeste naquele momento.

Valdivia até foi até o gramado do CT, conversou com os companheiros, mas logo seguiu para a academia. Henrique foi outro que não treinou, por cansaço, mas ele é nome certo na escalação contra o São Paulo. Os dois perderam uma atividade tática conduzida por Gilson Kleina.

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