Grupos que preparam campanha eleitoral para prefeito e vereador estão preocupados com a disputa deste ano
Os grupos políticos que preparam a campanha dos seus candidatos ao cargo de prefeito e vereador demonstram preocupação com a disputa eleitoral deste ano. Uma delas é a rejeição da população à política, acirrada com as crises em Brasília. É inevitável que o processo de impeachment contra a presidente Dilma tenha impactos nas campanhas locais, já que podem ocorrer simultaneamente. O problema maior é o descrédito da categoria, e como convencer o eleitor a escutar as propostas dos candidatos. Crise Responsável pelo projeto de reeleição do prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), o presidente do partido e secretário de Relações Institucionais, Wanderley Almeida, disse que o eleitor terá de escolher seu prefeito e seu vereador no momento em que a política foi colocada em xeque. A forma como a população enxergará todo esse processo é uma preocupação. Wandão afirmou que o cenário que Campinas viveu em 2011 é um exemplo. FRASE "Não há razão nenhuma para comemorar o que ocorre em Brasília. Pelo contrário, devemos olhar esse processo como aprendizado." - Do presidente do PSB em Campinas, Wanderley Almeida, ao falar sobre a crise nacional que afetará a eleição municipal deste ano. Recuperação Jonas deve fazer uma tentativa de lembrar o eleitor que assumiu o governo em Campinas pouco tempo depois de o prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT) ter sido cassado por negligência e omissão no Caso Sanasa. A alegação será que o peessebista “colocou a casa em ordem”, mesmo dentro de uma crise que vivia a cidade naquele momento. No fim, o cenário nacional poderá até contribuir com suas bandeiras. Mas Wandão alerta que a crise nacional não deve ser comemorada. Afastamento O vereador Artur Orsi (PSD), pré-candidato ao cargo de prefeito, acredita que se o processo no Senado avançar e Dilma for afastada, a situação política do Brasil será outra. Para ele, a mudança ocorrerá a tempo de atrair a atenção do eleitor. Mudança Orsi, no entanto, acha que a crise pode fortalecer o debate. “A pessoas estão dispostas a ouvir e a conversar e sabem que agora, mais do que nunca, a política é o meio de transformação. Enganam-se aqueles que acreditam que toda essa crise não terá impacto sobre os eleitores”, disse. PT Para o PT a situação será mais complexa, já que o partido vive um inferno no governo federal e os movimentos em oposição à sigla ganham cada vez mais força. Os petistas apostam na candidatura do economista Marcio Pochmann. Crise O PT, mesmo dentro da crise do Caso Sanasa, conseguiu emplacar Pochmann no segundo turno, mas os adversários dos petistas agora não vislumbram a possibilidade de um repeteco este ano devido ao tamanho do desgaste da sigla. Novinho Não tem crise econômica no Instituto da Previdência Social de Campinas (Camprev). O presidente, José Ferreira Campos Filho, desembolsou R$ 79 mil para comprar um Honda Civic zero-quilômetro. O carro será usado pela diretoria. Dr. Campos alegou que tinha disponível um utilitário da Peugeot e que o custo para a manutenção estava alto. Resolveram vender e compraram um outro mais elegante. Mais uma tentativa Os vereadores da oposição em Campinas fizeram na última segunda-feira (18) mais uma tentativa de emplacar a CPI da Merenda, após a informação de que o contrato para o fornecimento de suco de laranja nas escolas de Campinas foi fraudado, segundo relatou um dos integrantes da Coaf ao Ministério Público. Mas eles, outra vez, não conseguiram apoio de integrantes da base do prefeito Jonas. A alegação dos governistas é que a abertura de uma CPI em ano eleitoral teria cunho político. Apenas cinco vereadores assinaram o pedido.