TREM

Prefeitura promete extensão da maria-fumaça até dezembro

Ampliação de linha férrea está em fase de contratação do projeto executivo; Campinas já garantiu crédito de R$ 2 milhões do Ministério do Turismo e o restante será financiado pela Administração

Inaê Miranda
15/07/2015 às 05:00.
Atualizado em 28/04/2022 às 16:49
Pilares de concreto construídos para suportar a linha de trem da maria-fumaça até a Praça Arautos da Paz: extensão parou por erros no projeto (  Cedoc/RAC)

Pilares de concreto construídos para suportar a linha de trem da maria-fumaça até a Praça Arautos da Paz: extensão parou por erros no projeto ( Cedoc/RAC)

A Prefeitura de Campinas vai retomar as obras de extensão da maria-fumaça no trecho de Campinas — entre a Estação Anhumas e a Praça Arautos da Paz — até dezembro. O projeto tem um custo estimado em R$ 5 milhões. O Município já garantiu um crédito de R$ 2 milhões do Ministério do Turismo e o restante será financiado pela Administração através do Fundo Municipal de Apoio ao Turismo (Fatur). De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Social e Turismo, atualmente, a extensão do trem turístico está em fase de contratação do projeto executivo. A ampliação do trajeto em dois quilômetros foi anunciada no governo do prefeito cassado Hélio de Oliveira Santos e deveria ter sido entregue em 2011. A obra seria viabilizada através de convênio da Prefeitura com a Petrobras. Naquela época, o valor estimado era de R$ 3,3 milhões, sendo R$ 1,5 milhão da Petrobras, R$ 1,5 milhão do Ministério do Turismo e R$ 370 mil da Prefeitura. Porém, erros no projeto paralisaram a obra e o contrato com a empresa responsável pela construção foi interrompido. O projeto foi refeito pela atual Administração com a promessa de retomada das obras em junho de 2014. O “esqueleto” do plano inicial — seis pilares de concretos que serviriam de apoio para o elevado por onde a locomotiva passaria — pode ser visto na Praça Arautos da Paz e na Estação Anhumas, onde 40 longarinas estão depositadas e sendo corroídas pela ferrugem. Somente a construção dos pilares já custou R$ 1 milhão aos cofres públicos. O estado de deterioração das estruturas preocupa Hélio Gazetta Filho, diretor administrativo da Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF), que mantém a maria-fumaça. “O ferro exposto está enferrujando e daqui a pouco não tem mais aproveitamento”, disse. Gazetta afirma que a extensão do trajeto ampliaria o número de viajantes. Samuel Ribeiro Rossilho, secretário de Desenvolvimento Econômico, Social e Turismo, afirmou ontem que o atraso ocorreu porque o projeto precisou ser refeito para garantir a verba do Governo Federal, que já está assegurada. Atualmente, a ampliação do trecho está na fase de termo de referência, ou seja, de contratação do projeto executivo. Na sequência será aberta a licitação para início das obras. O novo prazo dado pela Administração para que isso aconteça é dezembro. Além das correções, o atual projeto prevê a construção de uma estação temática na Praça Arautos da Paz. Sobre o estado de deterioração das longarinas, o secretário afirmou que elas passarão por análise técnica para saber se ainda poderão ser aproveitadas ou não. O prolongamento é aguardado desde 2007 e era um dos projetos mais importantes do prefeito cassado Hélio de Oliveira Santos. Ao todo, a obra vai acrescentar 2,013 quilômetros ao já existente no trecho que liga Campinas a Jaguariúna — sendo que 480 metros serão em formato de viaduto sobre o Ribeirão Anhumas e na chegada à Arautos da Paz. O passeio é um dos principais roteiros de turismo na região. Sai de Campinas, na Estação Anhumas, e vai até Jaguariúna.

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