Prefeitura define a sede do distrito de Ouro Verde

A Prefeitura de Campinas definiu o local para a instalação da subprefeitura do Ouro Verde e a estimativa é que o espaço esteja em operação no prazo de dois meses. O funcionamento das duas novas subprefeituras, incluindo a do Campo Grande, ainda depende da aprovação do projeto de lei protocolado na Câmara na última semana, que cria os dois distritos e deve passar a tramitar em regime de urgência, segundo o presidente da Casa, Rafa Zimbaldi (PP). As duas novas subprefeituras da cidade deverão trabalhar com o dobro de servidores em comparação com as outras quatro em funcionamento: Barão Geraldo, Nova Aparecida, Sousas e Joaquim Egídio. O imóvel escolhido no Ouro Verde fica próximo ao terminal de ônibus urbano e será custeado pela Sociedade de Abastecimento e Saneamento (Sanasa), que colocará um posto avançado para o atendimento aos consumidores no local. No prédio, alugado, funcionava anteriormente uma loja de motos. Segundo o secretário municipal de Serviços Públicos, Ernesto Paulella, a ideia é que o prédio conte com diversos serviços para a população, como os de Cidadania e o Procon, numa tentativa de descentralização para que os moradores não tenham que se locomover das duas áreas até a região central para resolver seus problemas na Prefeitura. Campo Grande No caso da subprefeitura do Campo Grande, Paulella afirmou que o Executivo ainda não localizou um imóvel que atenda às necessidades do novo espaço e, caso isso não ocorra, a saída será instalar a unidade de maneira provisória no Bosque do Parque Valença. “No Bosque, nós temos alguns prédios que poderiam passar por reforma para receber os servidores. Quando o poder público não acha um imóvel para alugar que esteja em condições de abrigar o espaço desejado, o ideal é ocupar uma área pública. Nós devemos fazer a definição do Campo Grande ainda este mês”, afirmou Paulella. O secretário mais uma vez negou que o Executivo fará a contatação de servidores ou nomeará comissionados, além do subprefeito. Segundo Paulella, os funcionários serão remanejados de diversos setores para atuar nas duas subprefeituras. Os cálculos sobre quantos servidores vão trabalhar nos dois espaços ainda está sendo feito pela Administração. No entanto, como se trata de da duas regiões mais populosas da cidade, com mais de 400 mil moradores, a estrutura terá de contar com pelo menos o dobro de servidores em comparação a Barão Geraldo, por exemplo, que hoje possui 30 funcionários. Administrações regionais As regiões do Campo Grande e do Ouro Verde contam hoje com duas administrações regionais (ARs) gerenciadas por vereadores: a 13, que fica no Parque Valença, no Campo Grande, e a 12, no Jardim Cristina, no Ouro Verde. Com as duas subprefeituras, as ARs trocarão de nomes e passarão a ser coordenadorias operacionais, subordinadas ao subprefeito de cada área. Nos últimos anos, as ARs ficaram sucateadas e muitas serviram apenas de cabide de empregos nas mãos dos parlamentares. Atualmente, os servidores das ARs realizam pequenos reparos nos bairros.Campinas definiu em plebiscito na eleição do ano passado que os bairros do Campo Grande e Ouro Verde se transformariam em distritos. Desde a votação, a Câmara aguardava a homologação do resultado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para protocolar o projeto de lei, o que foi feito recentemente. Plebiscito O presidente da Câmara afirmou que o projeto está nas comissões e que avaliará a possibilidade de colocar a tramitação em regime de urgência. Só após essa aprovação e sanção do prefeito Jonas Donizette (PSB) é que as estruturas poderão passar a funcionar nas duas regiões. Além das subprefeituras e dos serviços descentralizados, os distritos também poderão ganhar cartórios. O Ouro Verde reúne 140 bairros e 240 mil habitantes e fica na região Sudoeste de Campinas. Nele está localizado o Aeroporto Internacional de Viracopos, maior terminal de cargas da América Latina. Já o Campo Grande, na região Noroeste, inclui 90 bairros e tem população aproximada de 190 mil habitantes.