Prefeito de Alumínio escapa de cassação na Câmara

Quatro dos nove vereadores decidiram arquivar, na noite desta segunda-feira (4), o requerimento do PSB contra o prefeito de Alumínio José Aparecida Tisêo (PSDB). O tucano era acusado pelo vereador Eduardo Jesus de Melo, o Eduardo da Delegacia, de uso irregular de verbas e de violação de leis municipais.

Para tirar o cargo do prefeito, o parlamentar precisava do apoio de mais cinco vereadores, de acordo com o regimento interno da Câmara. O requerimento aponta que Tisêo usou o dinheiro repassado pelo governo federal do Fundeb e não o repassou aos professores como determina a lei.

Além disso, ele é acusado de usar os recursos previstos em orçamento para pagar o abono natalício para outros fins diferentes do que a lei prevê. Em Alumínio, os funcionários recebiam até a gestão passada R$ 510 a mais nos salários na data do seu aniversário como uma espécie de abono.

Tisêo enfrenta outro processo contra a sua permanência: o da Lei da Ficha Limpa, que veta a eleição de governantes condenados por colegiados. O prefeito conseguiu uma liminar para se manter no cargo até que os recursos que apresentou sejam analisados definitivamente pela Justiça.

Na tribuna, Eduardo da Delegacia disse que vai ingressar com medida junto ao Ministério Público para obrigar o prefeito a deixar o cargo.

Alexandre Amaral (PV) e Geraldo Atleta de Oliveira Campos (PSDB) discursaram em defesa do prefeito pela bancada de sustentação de Tisêo. Eles disseram que as medidas tiveram de ser tomadas porque o prefeito recebeu a Prefeitura com situação financeira complicada.