Fábricas e marcas investem pesado para conquistar consumidor nesta época do ano
Vendedora exibe diversas opções de ovos de chocolate para a Páscoa (Sérgio Masson/AAN)
Eles podem ser pequenos, avantajados, com pouco recheio ou de dupla camada. Ter brinquedos em seu interior ou bombons. Com embalagens simples e também espalhafatosas. Podem exibir até cristais valiosos. Não faltam opções na compra dos ovos de chocolate, que já se tornaram uma tradição brasileira na Páscoa. E esta ampla diversidade de modelos também significa muitas opções ao bolso do consumidor, que pode gastar de R$ 2,50 até R$ 299, em média, para presentear alguém – ou se presentear, é claro.
Na Desejo & Sabor, fábrica original de Franca com unidade em Ribeirão Preto, o ovo mais caro sai por R$ 82,80. "É um ovo de um quilo, feito com chocolate belga, realmente importado”, disse Gabriela Naves Pereira, gerente da loja. Por outro lado, o modelo mais barato custa R$ 2,50, ao peso de 30 gramas. “Temos opções de todos os preços e modelos. E como toda Páscoa, muitas novidades de sabores.”
A tradicional marca Kopenhagen, rede de chocolates finos do País, oferece aos seus clientes ovos com as mais diferentes qualidades. O modelo 85 anos, de um quilo, custa R$ 299. Mas por que tanto? Simples, ele vem embalado em um veludo preto, cravejado com cristais Swarovski e recheado de bombons. Outro destaque da marca é o Ovo Amarula (300g e R$ 84,90) acompanha uma garrafa de licor de 50 ml. Há também ovos que vem acompanhados de fones de ouvido, para crianças.
Mas se o cliente quiser optar por preços mais acessíveis e uma variedade maior, pode também caminhar pelos supermercados de Ribeirão, onde as “parreiras de ovos” chamam atenção de quem passa, especialmente das crianças. Neste caso, se o consumidor estiver disposto, pode visitar diferentes lojas e aproveitar a guerra de preços dos estabelecimentos. A rede Extra, por exemplo, espera vendas 30% melhores neste ano.
Crescimento
As marcas de chocolate aguardam a Páscoa assim como o varejo espera o período de Natal. Por isso, fábricas, lojas e distribuidoras contratam para aumentar a eficiência e, consequentemente, o faturamento. A Cory, que tem fábrica em Ribeirão Preto, gerou 250 novas vagas temporárias, mesmo número de 2012. “Nos últimos anos, cerca de 15% desses colaboradores temporários são efetivados”, disse Juliana Bonfá, gerente de marketing. Ela acredita que a marca, que tem 25 anos de história, deve vender 15% a mais nesta Páscoa, em relação ao ano anterior.
Na Desejo & Sabor, quatro temporários foram contratados para o período de um mês. “Para esta Páscoa, esperamos um movimento 30% melhor. Na comparação com os dias normais, nossas vendas sobem 100%”, afirmou Gabriela Pereira, que se prepara para estender o horário da loja e abrir aos domingos. “Vamos ficar abertos uma hora a mais de segunda a sábado. E no dia da Páscoa, devemos ficar abertos até depois do almoço.”