Precariedade marca praças públicas

Os meses mais quentes do ano se aproximam e algumas das 30 praças de esporte de Campinas, que poderiam ser opções de lazer e divertimento para a população, ainda expõem um cenário que já virou rotina há alguns anos, com piscinas esvaziadas, quadras poliesportivas com estrutura precária, frequente presença de usuários de drogas, focos de mosquito da dengue e com salas se tornando abrigo para moradores de rua. A Prefeitura tem no papel projetos para reformas em pelo menos dez espaços públicos da cidade e deve anunciar as primeiras licitações nos próximos três meses. Desde o ano passado, a Administração já promoveu a entrega de melhorias em praças dos bairros Jardim Nova Europa, Jardim Santa Mônica e Dic 6. Na Vila Proost de Souza, a Praça de Esportes José Gentil F. de Campos deverá reinaugurar a piscina até outubro, segundo o secretário de Esportes, Dário Saadi. Há cinco anos só a estrutura da piscina está montada no local, mas sem água. “Estamos programando reabrir a piscina em outubro. Faz parte de uma série de reformas pontuais que faremos nas praças da cidade”, explica Saadi. Precariedade O vigilante Marcelo Goes, de 40 anos, lamenta o estado de abandono da praça da Vila Proost de Souza atualmente. “Moro bem na esquina da praça desde 1988. No passado era muito bacana, tinha piscina, sócios com carteirinha, vestiários limpos. Hoje está tudo largado, alambrado arrebentado e molecada usando droga todo final de tarde e madrugada”, lamenta o morador. A reportagem esteve no local ontem e constatou a situação precária do espaço. Eram 11h da manhã e havia um rapaz dormindo ao lado de uma sala, que no passado foi a antiga administração da praça. A sala, aliás, estava com os vidros quebrados e, em seu interior era possível avistar um computador velho e alguns sofás. Só havia um casal no local. O cenário é parecido em outros pontos da cidade. No Parque Itajaí, a praça do Ginásio Municipal de Esportes Jorge Mendonça está tomada por pichações, alambrados enferrujados e piscina vazia. Nesse bairro, no entanto, moradores já fizeram abaixo-assinado para não reativar a piscina, por causa de atos de vandalismo ocorridos no passado. O uso indevido por parte de algumas pessoas também motivou uma licitação para aterrar a piscina existente na Praça dos Trabalhadores Brasil de Oliveira, na Vila Castelo Branco.