Hoje é corriqueiro enviar imagens com texto pelo Facebook ou pelo celular, mas, nos primeiros anos do século passado, só era possível comunicar-se de forma rápida com pessoas distantes por meio dos postais.
Rua Andrade Neves
Inicialmente confeccionados com técnicas artesanais de impressão como estampas e gravuras (ponta-seca e buril), o que os tornavam caros, os cartões só ganharam qualidade gráfica superior e custos mais baixos com o desenvolvimento dos processos de reprodução de imagens derivados da fotografia.
Em Campinas, as casas Mascote, Livro Azul e Genoud foram as primeiras a ter tipografia, surgindo daí as primeiras séries impressas. O postal começava, então, a viajar de mão em mão. Criava expectativas, aproximava quem estava longe, mostrava a cidade em expansão, a tristeza de uma guerra, o artista de cinema, a reprodução de uma obra de arte...
Rua Barão de Jaguara
E virou febre. Em 1899, a Alemanha, com 50 milhões de habitantes, produziu 88 milhões desses cartões.
Um dos locais mais retratados da Campinas do século 20 foi a Rua Barão de Jaguara, com suas lojas e novidades.
Casa das Andorinhas
O hábito de colecionar postais autografados por figuras de destaque na política, nas letras, no teatro, nas ciências e na música difundiu-se de forma contagiante entre as famílias brasileiras.
Como exemplo, a coleção de Mário de Andrade, uma das mais ricas do País. Além disso, fala-se que o contista João do Rio, ao visitar Olavo Bilac com o intuito de colher informações sobre literatura, ouviu do poeta: "Aposto que veio ver os meus postais."
Rua Conceição
Rua Francisco Glicério
Mercado Municipal
Rua Treze de Maio
Avenida Júlio de Mesquita