CAMPINAS

Porteiro morto em acidente no Viaduto Cury é enterrado

Mulher dele reclamou novamente da imprudência de alguns motoristas

Inaê Miranda
24/07/2013 às 13:41.
Atualizado em 25/04/2022 às 07:46
Silva foi lançado para fora do ônibus articulado, após o motorista perder o controle e o veículo despencar do Viaduto Cury, em Campinas ( Carlos Sousa Ramos/AAN)

Silva foi lançado para fora do ônibus articulado, após o motorista perder o controle e o veículo despencar do Viaduto Cury, em Campinas ( Carlos Sousa Ramos/AAN)

Foi enterrado às 10h30 desta quarta-feira (23) o porteiro José Antônio da Silva, de 45 anos, morto após o ônibus em que estava despencar do Viaduto Cury, na terça-feira. Muito emocionados, familiares e amigos de Silva lamentaram o acidente e a perda. A mulher do porteiro, a operadora de mercado Kelly Fidêncio, afirmou que aquele é um momento de muita dor para ela e os filhos. Ela reclamou novamente da imprudência de alguns motoristas. “Eles dirigem muito rápido e esquecem que levam vidas”. Silva foi lançado para fora do ônibus articulado, durante o trajeto para o trabalho, após o motorista perder o controle e o veículo despencar do Cury. “É lamentável o que aconteceu e nada vai trazê-lo de volta. Era o provedor da família e estava casado com a minha prima fazia 18 anos”, afirmou. Silva deixou quatro filhos, com idades entre 19 e 11 anos. O operador de produção Roberto Gomes, vizinho de Silva, também reclamou da falta de atenção do motorista. “Por causa da negligência de uma pessoa, perdemos um amigo”, afirmou. Gomes contou que costumava ir à igreja com o vizinho. “Ele ia sempre que dava porque trabalhava demais. Era uma pessoa muito esforçada e enfrentava dificuldades, mas vivia sempre alegre”, disse. Representantes de sindicato e colegas de empresas anteriores em que trabalhou foram ao velório. “Trabalhei com ele durante cinco meses em um condomínio. Era uma pessoa muito prestativa. Nunca teve nenhum problema. Trabalhava das 18h às 6h. Era muito calmo e resolvia tudo no diálogo. Ele saiu do trabalho, mas nos tornamos amigos”, afirmou o síndico Alcides Pires Lopes. Dois advogados que pretendem prestar assistência jurídica à família também estavam no velório. “Vamos conversar com a família e ver o que pode ser feito em relação à rescisão contratual perante a firma. A VB está prestando todo o apoio momentâneo e sobre indenização ainda vamos conversar com a família para ver que atitude podemos tomar”, afirmou a advogada Sônia Cristina Gonçalves. A advogada da empresa VB Transportes esteve no velório, mas não se pronunciou. Por meio da assessoria de empresa, a empresa informou que está prestando toda a assistência necessária às vítimas do acidente, ofereceu acompanhamento psicológico, providenciou o funeral. “A VB está cuidando de toda a parte de assistência médica, despesas psicológicas. Os setores de RH, assistência social e jurídico da empresa estão voltados para o caso e a empresa não vai se furtar às responsabilidades”, informou a assessoria de imprensa.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Correio Popular© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por