POLÍTICA

Por Marina, PSB terá plano de 'cidade sustentável'

Dois grupos querem 'vender' a ideia de que principais problemas ambientais estão nas cidades

Da Agência Estado
04/11/2013 às 09:31.
Atualizado em 26/04/2022 às 10:26

Integrantes da Rede, cujo registro foi negado pela Justiça Eleitoral, e os do PSB, que abrigou os “marineiros” sem partido, começam a chegar a um primeiro consenso no prometido “debate programático” iniciado há uma semana: transformar a reforma urbana, sob o conceito de “cidade sustentável”, em prioridade do projeto presidencial que une a ex-ministra Marina Silva e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos. A ideia dos dois grupos, que ainda divergem em uma série de questões, é “vender” a ideia de que hoje os principais problemas ambientais estão nas cidades. “Quer assunto mais relacionado com o meio ambiente do que falta de esgoto e de água potável? Do que a falta de um transporte público de qualidade que alivie o trânsito dos grandes centros?”, diz o primeiro-secretário nacional do PSB, Carlos Siqueira. O tema é caro a Marina, ex-titular do Meio Ambiente do governo Luiz Inácio Lula da Silva que anunciou apoio a Campos tão logo viu ruir seu projeto de criar um novo partido a fim de disputar o Planalto em 2014. “O PSB sempre falou de reforma urbana, só não usávamos a palavra ‘sustentabilidade’, que talvez seja um termo mais contemporâneo. Mas é apenas uma questão de vocabulário, porque o conceito é o mesmo”, diz Siqueira, segundo quem, desde 2002, o tema aparece em programas de governo do PSB. Além de valer como um assunto afim entre PSB e a Rede, coordenadores da sigla acreditam que uma proposta de programa robusto e de impacto voltado para a reforma urbana pode responder em cheio aos pedidos dos manifestantes que tomaram as ruas em junho. O programa, ainda em fase embrionária, teria como objetivo focar na questão de “políticas integradas”, com ações coordenadas nas áreas de educação, saúde, mobilidade, segurança, cultura e esportes para garantir a vida “sustentável” na cidade. Lições Campos foi ministro de Ciência e Tecnologia durante o primeiro mandato de Lula - integrava o ministério junto com Marina. Sua ideia, segundo aliados, é explorar o tema “cidade sustentável” a fim de apresentar uma pauta que vá além do combate à miséria, já explorado pelos petistas nas eleições anteriores. Quer, assim, reforçar seu discurso segundo o qual “é possível fazer mais”. Esse discurso segundo o qual “é possível fazer mais” vem sendo feito por Campos, até agora, principalmente para criticar a condução da economia do País pela presidente Dilma Rousseff. Marina também entrou no debate com duras críticas à gestão da petista. Lula, na semana passada, saiu em defesa de Dilma, sua afilhada política. Veja também Dilma e Marina têm mesmo potencial de votos No caso de Serra, maior destaque é a taxa de rejeição, de 47%, a maior entre todos os testados TV Brasil não exibiu Marina ao vivo no Roda Viva Segundo televisão pública do governo federal, um "problema técnico de polarização de sinal" Dilma desengavetou Agroecologia por eleição, diz Marina A ex-ministra criticou a ação de Dilma em seu blog, e também no Twitter Criticada por Marina, Dilma lança plano sustentável Sob a mira da ex-ministra do Meio Ambiente, presidente lançou plano Brasil Agroecológico

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