DELAÇÃO PREMIADA

Por e-mail, Palocci nega ter recebido R$ 2 mi da Petrobras

Para o ex-ministro petista, citação de seu nome na Operação Lava Jato (que investiga o esquema de corrupção na Petrobras) "não faz o menor sentido"

Agência Estado
11/03/2015 às 09:17.
Atualizado em 24/04/2022 às 01:27
Palocci, que foi acusado de ter recebido R$ 2 milhões em propina ( Cedoc/ RAC)

Palocci, que foi acusado de ter recebido R$ 2 milhões em propina ( Cedoc/ RAC)

Alvo da Operação Lava Jato, o ex-ministro Antonio Palocci (PT-SP) enviou e-mail a ministros, empresários e amigos, na segunda-feira, negando envolvimento com o esquema de desvio de dinheiro na Petrobras. Coordenador da campanha de Dilma Rousseff, na eleição presidencial de 2010, Palocci diz que a citação de seu nome no escândalo “não faz o menor sentido” e garante nunca ter tido contato, nem mesmo telefônico, com o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que o denunciou em acordo de delação premiada.   “De qualquer forma, é mais uma batalha a ser vencida”, escreveu Palocci na mensagem eletrônica de 25 linhas. Ex-ministro da Fazenda no governo de Luiz Inácio Lula da Silva e titular da Casa Civil durante cinco meses, no primeiro mandato de Dilma, ele será investigado pela Justiça Federal do Paraná no âmbito da Operação Lava Jato.   Palocci foi acusado por Costa de ter recebido R$ 2 milhões — cifra que seria fruto de propina em contratos da Petrobras e intermediada pelo doleiro Alberto Youssef — para a campanha de Dilma, em 2010. Mas o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não viu indícios para a abertura de investigação contra a presidente.   “Pessoalmente gostaria de lhe transmitir, a bem da verdade, que os ‘fatos’ apontados pelo Sr. Paulo Roberto Costa jamais ocorreram”, disse Palocci no e-mail, enviado a amigos e também a adversários do PT, como o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga.   O ex-ministro cita três pontos para sustentar que as acusações contra ele são inverídicas. “1. Na campanha presidencial de 2010 participei como um de seus coordenadores, mas não como tesoureiro; 2. Jamais conheci o Sr. Alberto Yussef (sic), não podendo fazer a ele esta ou qualquer outra solicitação, seja direta ou indiretamente; 3. Não estive, nem pessoalmente, nem em contato telefônico com o Sr. Paulo Roberto Costa no ano de 2010, ou mesmo no ano anterior, como já esclareci através da imprensa desde que este assunto surgiu”, diz Palocci.O ministro Teori Zavascki, relator do processo da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), acolheu pedido de Janot e enviou o caso de Palocci à Justiça Federal do Paraná.  Veja também Propina de Barusco rendeu ao menos US$ 12,7 milhões Eram tantos os pagadores de propinas que nem o próprio Barusco sabe apontar com precisão a origem de depósitos que abasteceram suas contas PP retira dois deputados investigados da CPI Os dois parlamentares foram afastados por terem seus nomes na lista de Janot, com 34 congressistas STF decide transferir ministro para a turma do julgamento De acordo com o Regimento Interno, o candidato mais antigo na Corte terá preferência na escolha CPI da Petrobras ouve delator que confirmou propina ao PT Ex-gerente da estatal, Pedro Barusco fez acordo com a Justiça. Sessão é aberta

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