PIRACICABA

População rejeita e prefeitura descarta ecoponto

Locais existem para disciplinar a população com o descarte de resíduos não orgânicos

Juliana Franco
06/02/2014 às 10:03.
Atualizado em 26/04/2022 às 22:05

Após reunião com moradores do bairro São Francisco, em Piracicaba, o secretário do Meio Ambiente, Rogério Vidal, descartou a instalação de um ecoponto no local. A construção fazia parte do Plano de Governo que prevê a criação de cinco espaços por ano e seria instalado na esquina das ruas Uchoa e Upuã. O encontro entre populares e representante político foi intermediado pelo vereador Gilmar Rotta (PMDB).  Por estar localizada ao lado de uma instituição de ensino e ser uma área verde, recuperada pela comunidade em parceria com os estudantes da escola municipal Fábio de Souza Maria, os moradores se posicionaram contra a criação do ecoponto. "Antigamente no espaço havia um lixão. Por meio de um trabalho educacional com os alunos conseguimos recuperar toda a área. As árvores frutíferas foram plantadas pelas crianças", conta Cleide Ricardo Teixeira, que mora no bairro há 25 anos.O processo de recuperação da área teve início em 2009 e, segundo a diretora da escola municipal, Sandra Regina de Souza, o espaço foi adotado pelos estudantes. "Durante o processo nasceu uma afinidade das crianças com a área. Ainda bem que nenhuma árvore foi derrubada durante a preparação do terreno", revela.Com o cancelamento da instalação do ecoponto, a comunidade vai solicitar à Sedema (Secretaria Municipal de Defesa do Meio Ambiente), que contribua na reconstrução do espaço. "Se a população não quer a instalação do ecoponto, vamos respeitar. Existe no programa de administração a meta de instalar cinco ecopontos por ano. O do São Francisco estava no calendário de 2014. Agora, teremos que estudar um novo espaço, já que no bairro não há outro terreno público para a criação do ecoponto", afirma o responsável pela pasta, Rogério Vidal. Ainda segundo o secretário, os ecopontos existem para disciplinar a população com o descarte de resíduos não orgânicos, como entulho de construção civil, baterias, lâmpadas e óleo de cozinha. "É uma forma de contribuir com o meio ambiente".Hoje, são cinco ecopontos na cidade e quatro em construção. "Eles são vitais para o desenvolvimento sustentável da cidade. São estruturas de uso gratuito que buscam organizar o descarte doméstico de entulhos e inservíveis sem que a família precise contratar o serviço de caçambeiros, já que se trata de baixos volumes, o que gera economia para a população. Ao mesmo tempo ajudam a preservar as áreas verdes, APPs e as margens de rios e ribeirão do descarte clandestino", explica Vidal.Em 2013, os ecopontos da cidade recolheram 58.140 quilos de eletrodomésticos e enviaram para a reciclagem. Além de 110.875 pneus, 27.418 lâmpadas fluorescentes inteiras e 199 quebradas.No período houve a comercialização de 6.590 quilos de alumínio, 153.470 quilos de vidro, 218.121 quilos de plástico e 31.896 unidades de caixa tetra park. Veja também Indaiatuba tenta coibir ataques a ecopontos Apenas um desses pontos de coleta, foi incendiado quatro vezes por vândalos Retirada de ecoponto gera críticas Unidade ficava sob o viaduto da Av. Nossa Senhora de Fátima, na divisa entre o Taquaral e Flamboyant 3º ecoponto de Indaiatuba é queimado em 15 dias A Secretaria de Urbanismo e do Meio Ambiente estuda uma forma de inibir os incêndios

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