Ponte se mexe para jogar semifinal no Majestoso

Apesar de não ter a capacidade mínima de 20 mil lugares em seu estádio como exige o regulamento da Copa Sul-Americana, a Ponte Preta mantém a esperança de realizar a partida da volta pela semifinal com o São Paulo, em Campinas, dia 27, às 21h50. Atendendo ao pedido do presidente Márcio Della Volpe, a Federação Paulista de Futebol enviou na quarta-feira (13) um grupo de engenheiros para conhecer as dependências do Estádio Moisés Lucarelli.Depois de analisar a capacidade nominal (diferente do Corpo de Bombeiros que avalia condições gerais do estádio), o laudo foi entregue à FPF. O presidente Marco Polo Del Nero ficou de analisar o assunto e dar andamento junto à CBF. De lá, se receber aprovação, o documento será repassado à Conmebol, no Paraguai, para a decisão final.Enquanto o processo caminha pelos corredores das entidades, a Macaca segue na expectativa. "Não é um laudo igual ao do Corpo de Bombeiros, que indica a necessidade de obras para a liberação de mais lugares. É um documento que atesta a capacidade nominal do estádio, semelhante ao que foi feito pelos Bombeiros em setembro", explica Della Volpe, lembrando o estudo que apontou a possibilidade do Majestoso receber até 27.946 pessoas.Na prática, a realização do jogo em Campinas vai depender apenas de vontade política da FPF, CBF e Conmebol. Isso porque, o Artigo 9º (parágrafo 9.1) do capítulo que trata dos estádios no regulamento diz que as garantias de segurança são de responsabilidade de cada associação nacional. No texto, a Conmebol diz que acata o que for indicado.Para ser realizado no Moisés Lucarelli com autorização da Polícia Militar, a Ponte só precisaria colocar 16,9 mil ingressos à venda, conforme previsto no alvará de funcionamento. "Com base no redimensionamento feito em setembro que já mandamos para a Conmebol, estamos nos municiando de outros documentos que atestam a possibilidade se sediarmos o jogo. Agora, ficamos na dependência de aprovação técnica", destaca o dirigente alvinegro.PROVOCAÇÃOO mandatário da Macaca lamentou a declaração atribuída ao presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, pelo jornal Lance! em sua edição desta quinta-feira (14). O cartola teria dito que o "futebol não é para virgens", referindo-se à Ponte Preta ao ser questionado acerca do impasse pela Sul-Americana. "Se for verdade que ele disse isso, é um ato que só serve para incentivar a violência. O torcedor é passional e não vai se conformar. É um tipo de manifestação desnecessária que só joga mais gasolina no problema", disse Della Volpe.