Ponte Preta volta pensando no Vélez

Apesar de cansados da viagem e pelo desgaste da partida com o Deportivo, em San Juan de Pasto, na Colômbia, os jogadores da Ponte Preta não escondiam nesta quarta (23) a satisfação pelo sucesso na aventura que terminou com a conquista de vaga nas quartas de final da Copa Sul-Americana. A delegação deixou a cidade que fica próxima da fronteira com o Equador no início da manhã, passou a tarde em Bogotá e embarcaria no final da noite com destino ao Brasil, onde deve chegar às 6h50 desta quinta (24), em Guarulhos.O time agora enfrenta o Vélez Sarsfield, um dos maiores clubes da Argentina, em jogos de ida e volta, nas duas próximas semanas. Apesar da tradição copeira dos “hermanos”, que já foram campeões da Libertadores e do Mundial Interclubes, os pontepretanos não demonstram qualquer receio. “Chegamos a uma fase que não tem o que escolher. É time grande, mas a gente vai jogar com a mesma confiança”, disse o goleiro Roberto.O meia Adrianinho tem motivos de sobra para comemorar. “Primeiro, a gente tem que pensar no Vasco e em uma vitória para sair desta situação incômoda no Brasileiro. Mas, como jogador e também como torcedor da Ponte, vejo esta chance de jogar com o Vélez como algo único na minha vida. Estou muito feliz por este meu momento e também por ser algo mágico na vida do clube”, comemora. Foto: Paulo Santana/AAN Alvaro Rosero, torcedor do Pasto, posa para foto com pontepretanos Na manhã de quarta, o atacante William caminhava com certa dificuldade por causa de cansaço muscular. “O campo estava muito pesado. Além de grande, tinha muita umidade e a grama era alta demais. Isso dificultou bastante para nosso time, que é bem leve. Foi difícil, mas conseguimos e estamos nas quartas de final. Vamos seguir firme nessa batida”, garante o artilheiro, que não deve ser problema para a partida com o Vasco, domingo, às 16h, no Majestoso.O técnico Jorginho reconhece que as dificuldades vão aumentar, mas não esconde o sonho de conquistar algo grande com a Macaca. “Não temos um título de grande expressão, mas nada nos impede de acreditar. Temos potencial, já mostramos nossa força e estamos na briga. Vamos jogar com a mesma garra e determinação porque acho sim que é possível”, disse.Apesar da preocupação, nenhum jogador sentiu problemas por causa da altitude de 2,5 mil metros. “Durante o jogo, eu senti um abafo quando precisei correr para buscar uma bola. Parece que não, mas chega uma hora que o cansaço bate. O jeito agora é descansar, colocar os pés para cima e fazer uma boa alimentação até o jogo com o Vasco. O corpo sente, mas a cabeça está muito boa”, finaliza o goleiro Roberto.