Depois de vencer o Peixe com grande atuação no Majestoso, Macaca luta pela vaga, nesta segunda (10), em São Paulo: Santos tem de fazer dois ou mais gols
Depois de uma atuação impecável na primeira partida das quartas de final do Campeonato Paulista, semana passada, em Campinas, a Ponte Preta espera repetir a dose no jogo desta segunda-feira (10), às 20h, no Pacaembu, diante do Santos. O time campineiro joga pelo empate para avançar às semifinais. Mas, se perder por um gol de diferença, a decisão vai para os pênaltis. O Peixe só se garante no tempo normal se ganhar por dois ou mais gols. "Temos que fazer um jogo inteligente e concentrado. Para isso, vamos levar o comportamento que tivemos no Majestoso para ter a chance de consolidar a conquista", promete o técnico Gilson Kleina. Apesar da vantagem conseguida depois de vencer por 1 a 0, com gol de William Pottker, a Macaca reconhece que o jogo não será nada fácil. "Sabemos o nosso sentimento e o do nosso adversário que precisa reverter um revés. Por si só o Santos é uma equipe agressiva e certamente virá para cima. Mas, não podemos abdicar de jogar e ficar só na defesa. Precisamos saber usar essa vantagem na hora certa", defende. Sem poder escalar o volante e capitão Fernando Bob, suspenso pelo terceiro cartão, o treinador deixou a dúvida se coloca um volante com característica de marcação (Wendel) ou se deixa Renato Cajá, que foi bem no empate com Gimnasia y Esgrima, no meio-campo alvinegro. "O Santos não vai fugir da sua forma de jogar e nós temos que ser uma equipe competente, forte e com mentalidade emocional equilibrada", ensina. Escolhendo Wendel ou Renato Cajá, a Ponte deverá manter o mesmo esquema com três atacantes, dois jogando pelas laterais (Lucca e Clayson) e William Pottker enfiado entre os zagueiros. A diferença fundamental entre um e outro é quanto ao posicionamento central da equipe. Com Cajá, o time ganha mais opções de lançamentos, passes mais curtos e qualidade na bola parada. Com Wendel, prevalecerá a "ligação direta" da defesa para o ataque, mas o time se fecha melhor na defesa. Sabendo que a zaga pode ser decisiva, Yago entende que a "melhor defesa é o ataque". Para ele, a vantagem deve ser deixada de lado quando a bola rolar. "É difícil falar que a gente vai jogar pelo empate. Temos que jogar com inteligência e usar o regulamento a favor. Também sabemos que ficar esperando o Santos em nosso campo é suicídio. Se a gente ficar só se defendendo, ele vão furar", reconhece o zagueiro. Para Yago, a Macaca rende mais quando usa o contragolpe. "Temos que aproveitar as características dos nossos atacantes que são bem rápidos", justifica. Duelo no Pacaembu Apesar terem uma história centenária, Ponte Preta e Santos poucas vezes se enfrentaram no tradicional Pacaembu. Tanto que o duelo desta segunda-feira será apenas o quarto entre os clubes no estádio paulistano. Pelo menos 35 mil pessoas deverão lotar as arquibancadas, sendo que 1.800 serão pontepretanos. Nessa história ainda pequena no Paulo Machado de Carvalho, o Peixe leva vantagem sobre a Macaca. Em três jogos, o alvinegro praiano venceu dois e um terminou empatado. Porém, a equipe de Vila Belmiro alcançou apenas uma vez o placar que precisa hoje para avançar às semifinais do Paulistão. E foi no distante ano de 1979, quando bateu a Macaca por 2 a 0, com gols do centroavante Juary e do meia Aílton Lira. No duelo mais recente entre os dois times no local, em 2013, o Peixe também venceu, com gols de Everton Costa e Montillo. A Ponte, por sua vez, descontou com Rafael Ratão, deixando o marcador em 2 a 1. Caso esse resultado volte a acontecer na noite de hoje, a classificação para a semifinal será decidida nos pênaltis. Por fim, Peixe e Macaca ainda ficaram no 1 a 1 em outro confronto disputado no estádio paulistano. Na ocasião, em 1986, os gols foram marcados por Antonio Carlos, para o Santos, e pelo centroavante Chicão, para a Ponte Preta. A torcida da Macaca, que invadiu o Pacaembu em 2013 para a primeira partida da final da Copa Sul-Americana, sairá em caravana às 16h do portão principal do Majestoso. Todos ingressos colocados à disposição dos campineiros foram vendidos.