PAULISTÃO

Ponte Preta tenta igualar feito do ano de 1981

Macaca pode chegar a 13 partidas invictas no jogo desta quinta, às 19h30, contra o Barbarense, em Santa Bárbara d´Oeste

Carlos Rodrigues
21/03/2013 às 07:20.
Atualizado em 25/04/2022 às 23:47

Basta que não sofra uma derrota contra o União Barbarense, nesta quinta-feira (21/03), às 19h30, no Estádio Antônio Lins Ribeiro Guimarães, para que a Ponte Preta repita o feito da equipe de 1981 e alcance seu melhor início de Campeonato Paulista da história, com 13 partidas de invencibilidade. Caso conquiste a marca, os comandados de Guto Ferreira vão igualar o que fez um dos times mais marcantes da história da Macaca, que tinha, entre outros, o goleiro Carlos, os zagueiros Juninho e Nenê, os meias Dicá e Marco Aurélio e o atacante Chicão. Também está a favor da Macaca o fato de ser a vice-líder do Estadual, com 26 pontos, enquanto o adversário está na 19ª colocação, com 6 pontos, na zona de rebaixamento.

O técnico daquela equipe de 1981 era Jair Picerni. Lateral-direito de destaque com a camisa alvinegra, ele iniciou sua carreira de treinador na própria Ponte, na qual, após atingir o recorde de partidas invictas, conseguiu levar o time ao vice-campeonato estadual. Atualmente desempregado, acompanha a Macaca de sua casa, em Vinhedo, e admite que torce para que a equipe de 2013 repita o que foi conseguido há 32 anos. Mas, entre risos, ele disse que não quer que a invencibilidade se alongue tanto. "Vou torcer e se conseguirem igualar, que não passem muito não. Eles podem chegar até o 14º jogo que está bom demais, porque aí meu nome também fica ali", brinca.

Picerni fala com nostalgia da equipe de 1981 e relembra como foi a formação daquele elenco. "Foi um momento de transição da Ponte. Eu parei de jogar, saiu o Oscar, Polozzi, Odirlei. Foi uma mudança radical, mas o importante na época era a sensibilidade em trabalhar com a base. Tínhamos vários jogadores de nível de Seleção Brasileira no time júnior e juvenil", afirma, revelando os segredos daquele time. "Minha filosofia foi de sempre ter um bom ambiente de trabalho, de respeito. Assim, se cria um espírito vencedor e isso foi dando resultado", explica.

Do time atual da Macaca, Picerni ressalta o conjunto e a boa preparação física, mas faz questão de elogiar um jogador que lhe agrada em particular. "Eu gosto muito do Cicinho. O cara não para, é uma formiguinha. Acho que faz uns 10, 11 quilômetros por jogo", diz o treinador, que dá um conselho ao lateral/meia. "Eu acho que ele corre muito, algumas vez mais até do que a bola. Não tem necessidade disso. Ele já é um bom jogador, mas vai melhorar muito mais quando perceber isso."

Quem merece atenção especial, no entanto, é Guto Ferreira. Mesmo sem conhecê-lo pessoalmente, Picerni aprova o trabalho do atual técnico da Ponte. "Só de ver a pessoa, o olhar, já dá pra ter uma noção de quem é o cara. Ele está num caminho legal no meio profissional. Achou uma abertura. Quase ninguém falava nesse nome e, hoje, o Brasil inteiro conhece. Sinto que ele tem um espírito de vencedor e faz um bom ambiente de trabalho. Deve ter uma boa leitura de jogo, porque você não consegue ficar 12 jogos sem perder à toa. Ele é um dos melhores da nova safra."

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