Ponte Preta está 'esperta' para encarar o lanterna

O discurso do técnico Guto Ferreira sempre foi de que a Ponte Preta nunca encontrará moleza no Campeonato Paulista. E é assim que a Macaca encara o duelo do próximo domingo (10/03), contra o São Caetano, no Estádio Moisés Lucarelli. Mesmo diante do lanterna, em casa, a alvinegra espera dificuldades e, "vacinada", usa o exemplo do inesperado empate com o São Bernardo para evitar ser surpreendida.

Na ocasião, o adversário, então na penúltima posição do torneio, veio a Campinas com uma postura extremamente defensiva e complicou muito o jogo da Ponte. Após abrir o placar, ainda no início da partida, a equipe do ABC paulista se fechou na defesa e ia garantindo a vitória até os 37' do segundo tempo quando, depois de tanto insistir (foram 19 finalizações dos mandantes contra cinco do rival), a Macaca deixou tudo igual com William.

Dessa vez, a postura do São Caetano não deverá ser diferente. Mesmo precisando de um resultado positivo para não se afundar ainda mais na zona de rebaixamento, o Azulão não deverá se expor. "Pelo que a gente vem apresentando no Paulista, creio que a maioria dos times que a gente enfrentar em casa virá do mesmo jeito, apostando no contra-ataque. Contra o São Caetano será um jogo difícil, mas o importante é ter paciência", afirma o zagueiro Ferron.

Segundo o defensor, o time não deve ser afobado para resolver logo a partida. "Estamos trabalhando situações diferentes com o objetivo de rodar mais a bola e furar o bloqueio adversário. A torcida e quem está de fora quer espetáculo, mas é fundamental ter inteligência porque temos 90 minutos para ganhar o jogo. Quando tivermos a oportunidade, precisamos colocar a bola para dentro", destaca Ferron.

O polivalente Cicinho dá a receita para o time não passar tanto sufoco. De acordo com ele, sair na frente no placar é um fator importante. "Temos que ter cuidado para não sair atrás no marcador. Os times vêm aqui fechados e se a gente toma o gol fica ainda mais difícil. Com o São Bernardo foi assim. Eles estavam atrás, fizeram um a zero e recuaram ainda mais, o que dificultou bastante para o nosso time", ressalta.

Para o volante Bruno Silva, a postura da Ponte contra o São Caetano precisa ser bem diferente da demonstrada diante do São Bernardo. "Naquele jogo nossa equipe foi muito lenta, tocava a bola sem pretensões. O Guto cobrou isso, falou que nossa equipe, em casa, tem que ser agressiva, tocar a bola sabendo o que quer. Naquele jogo faltou um pouco disso, tocamos muito de lado", observou.