Para seguir em busca do sonho de ser campeã paulista, Macaca precisa superar o Corinthians, neste domingo, às 16h
Depois de 19 rodadas, nas quais obteve 10 vitórias, oito empates e sofreu apenas uma derrota, a Ponte Preta decide seu futuro no Campeonato Paulista em 90 minutos de uma partida com o Corinthians, neste domingo (28/04), às 16h, no Estádio Moisés Lucarelli. Se vencer o atual campeão mundial e da Libertadores, a Macaca garante o direito de seguir em frente na busca do inédito título estadual. “Estamos a caminho de um sonho e queremos fazer história neste clube”, destaca o técnico Guto Ferreira.
Em caso de empate no tempo normal, a decisão vai para os pênaltis. O adversário do vencedor deste confronto pegará o ganhador do desafio entre São Paulo e Penapolense, que acontece logo depois, às 18h30, em São Paulo. “Nosso objetivo é grande e vamos fazer de tudo para conseguir. Este grupo é vitorioso e quer mais para se firmar de vez”, observa o treinador pontepretano.
No primeiro turno, a Ponte venceu o time reserva do Corinthians no Pacaembu. Por isso, Guto considera a partida deste domingo diferente em todos os sentidos. “Ganhamos da camisa e do nome do Corinthians, mas não ganhamos deste time. É uma equipe bastante qualificada e temos que ter atenção redobrada para não sermos surpreendidos. Só que já mostramos nosso valor ao longo da competição e acredito na força deste grupo”, afirma Guto.
Para esta partida, a Macaca poderá contar com a volta de quatro dos cinco titulares que não enfrentaram o Bragantino, semana passada, por estarem suspensos. Em compensação, não terá o zagueiro Ferron, que se recupera de contusão, e o meia Ramirez, impedido de atuar por força de contrato, já que pertence ao Corinthians.
As novidades ficam por conta do lateral-direito Artur, do volante Bruno Silva, do meia Cicinho e do meia-atacante Chiquinho.
SEGREDO NO ATAQUE
Durante os treinos fechados da semana, o técnico da Macaca deixou uma dúvida no ar. Quem será o companheiro do artilheiro William no ataque? Rildo e Everton Santos disputam o lugar. Ao ser questionado, Guto deixou a dúvida. “Pode ser um ou pode ser o outro. Pode ser os dois ou pode ser que nenhum deles entre em campo. Vamos decidir às 16h. Até lá, deixamos na expectativa”, garante.
Os jogadores também demonstram confiança. “Respeitamos o Corinthians, mas vamos dar o nosso máximo dentro de campo para sair com o resultado positivo”, comentou Artur. “São 90 minutos. Depois, no final, a gente vê quem é quem”, reforça Chiquinho. “Não existe favorito. Os dois têm condições de vencer, mas jogamos dentro de nossos domínios e isso faz a responsabilidade aumentar”, completa o goleiro Edson Bastos, o menos vazado da competição.
DUELO INTENSO
De volta ao time depois de cumprir suspensão automática, o volante Bruno Silva aposta num confronto equilibrado e sem favoritos. Em sua opinião, a Macaca está passando por um bom momento e jogará de igual para igual com o atual campeão mundial de clubes. “Nosso time mostrou sua força durante toda competição e não vai se abater agora. É gostoso sentir este clima todo da decisão”, disse Bruno Silva.
O jogador considera o clima de revanche de 2012 algo bom para apimentar a decisão. “Um fala daqui e outro fala de lá e isso é legal. Faz parte. Fora de campo, qualquer um pode falar o que quiser. Mas a verdade é que tudo se decide lá dentro de campo. Na hora, a gente vai ver quem é melhor”, comentou o volante pontepretano.
Bruno é quem mais recebeu cartões amarelos no elenco da Macaca (nove em 16 jogos), mas nem por isso se considera um jogador violento. “A gente joga sério porque todo jogo é uma decisão, mas sempre com lealdade. Sempre fui um cara de marcar e nunca entrei com maldade nas jogadas”, disse Bruno Silva.
No jogo com o Corinthians, o volante espera muito equilíbrio principalmente no meio-campo. “Os dois times contam com defesas fortes e acho que será de muita marcação. Eles não vão se abrir no jogo e nós vamos manter o nosso estilo. Espero que a gente consiga sair de campo com a vitória”, avalia o atleta, que aprovou a decisão da comissão técnica de trabalhar durante toda a semana com treinos fechados. "Foi diferente para todos nós", completa.