Ponte Preta busca reforços para o Brasileirão

A expectativa no Moisés Lucarelli está grande para a confirmação da lista de reforços para a disputa da Série A do Campeonato Brasileiro. Logo após a eliminação nas quartas de final no Paulistão, sábado (11), o técnico Guto Ferreira deixou claro que precisa de seis peças pontuais, no mínimo. A diretoria da Ponte Preta deve anunciar nos próximos dias os novos contratados, mas, por enquanto, os nomes de quem chegará ao Majestoso são guardados a sete chaves. A comissão técnica pediu reforços no meio de campo e ataque, e uma atenção especial à lateral-esquerda, uma das posições mais carentes do elenco. Até o momento, o único jogador anunciado para o Brasileirão foi o atacante Borges.   O volante Marcos Serrato, do Paraná, está em negociação com a equipe alvinegra e seu empresário Rafael Stival afirmou para a imprensa do Sul que as conversas praticamente estão concluídas. O atleta de 21 anos, que pode atuar como volante ou no setor de criação, tem contrato com o Paraná até o dia 31 de agosto. Porém, ele assinará um pré-contrato com a Macaca. Como Marcos Serrato chega para compor o elenco como uma aposta da Ponte Preta, o clube não vê problemas em aguardá-lo até setembro. Marcos Serrato disputou sete jogos pelo Paraná nesta temporada — um como titular e seis saindo do banco de reservas.   Outro nome especulado como possível reforço da Macaca é o do atacante Felipe Azevedo, do Sport. E a negociação com o lateral-esquerdo Gilson, do Cruzeiro, que deve chegar por empréstimo (Avaí e América-MG também estão na briga pelo jogador) está bem adiantada.   Com a filosofia de pés no chão no que diz respeito ao investimento no futebol, a lista de dispensas deve ser anunciada na tarde de quarta-feira (15), quando acontece a representação do elenco. “Já conversamos com representantes de atletas de nossa equipe que foram procurados por outras agremiações para que eles sejam mantidos aqui e tenhamos uma base boa. Quanto a saídas, todos sabem que a Ponte tem um orçamento limitado, portanto se haverá jogadores chegando, teremos que abdicar de outros atletas que, por uma razão ou outra, não renderam o que se imaginava”, comentou Gustavo Bueno, gerente de futebol.   Os atletas com contrato até maio e que não renderam o esperado, como os atacantes Fábio Santos, Wellington e Fágner, devem integrar a lista de dispensas.   TROFÉU DO INTERIOR   O objetivo de estar na briga pelo título estadual não foi alcançado, mas a Ponte Preta garantiu o título de Campeão do Interior do Paulistão e uma premiação de R$ 200 mil. E o clube ainda faturou mais R$ 200 mil por ter ficado entre o quinto e oitavo lugar. Com a quinta melhor campanha, atrás apenas dos três clubes da Capital e do Santos, a Macaca faturou o título pela terceira vez nos últimos sete anos.   Com a participação na Copa do Brasil e no Brasileirão ainda nesta temporada, a diretoria alvinegra espera fechar 2015 com os cofres em uma situação mais confortável. Nesta segunda-feira (13) foi divulgado o balanço financeiro de 2014, que apontou um déficit de R$ 8,9 milhões. A dívida total do clube em títulos a pagar cresceu de R$ 108 milhões para R$ 110 milhões. A dívida com o presidente de honra Sérgio Carnielli, como pessoa física, aumentou de R$ 66,5 milhões para R$ 76,5 milhões. No entanto, a dívida com a Partbol, de R$ 10,8 milhões, foi extinta, e o débito com a Carnielli Investimentos permaneceu inalterado, de R$ 25,8 milhões.   “O importante é que o futebol passou por uma evolução e a Série B é deficitária, não há milagre. E se compararmos ao ano de 2011, quando também disputamos a Série B, nosso déficit foi menor no ano passado. Este ano há o aumento no investimento no elenco e na folha salarial por conta de estarmos na elite, porém as cotas de patrocínio e de TV também crescem e a expectativa é de um saldo melhor no final”, comentou o vice-presidente da Ponte, Giovanni Dimarzio. Em 2011, a Macaca fechou a temporada com um déficit de R$ 12 milhões.   ALUGUEL DE CAMPO   O Corinthians cobrou R$ 274.025,52 de aluguel do Itaquerão para a disputa das quartas de final do Campeonato Paulista no sábado com a Ponte Preta. O valor foi lançado nas despesas do jogo, o que reduziu a renda líquida que foi dividida com a Macaca. Os clubes mandantes nas quartas de final, semifinal e final têm o direito de cobrar de 10 a 15% da arrecadação referente ao aluguel do estádio. Isso foi definido no Conselho Arbitral da Federação Paulista, que contou com a participação dos clubes, antes do Paulistão iniciar. No final de semana, o Palmeiras também cobrou 12% e São Paulo e Santos descontaram 15% como aluguel de campo.   PASSADO   Nas quartas de final do Paulista de 2013, quando recebeu o Corinthians, a Ponte Preta também cobrou 12% da renda como aluguel do Moisés Lucarelli.