ESTRATÉGIA DEFINIDA

Ponte Preta aposta em pelotão de elite para alcançar a série B em 2026

Ao invés de contratar jogadores que sejam especialistas na posição, Diretoria Executiva decide formar uma estrutura com profissionais com passagens pelos principais clubes do Brasil

Esportes Já
07/04/2025 às 09:27.
Atualizado em 07/04/2025 às 11:47
No comando do futebol profissional, Eberlin disputou a divisão de elite nacional de 1998 a 2006 (Marco Ribolli/Pontepress)

No comando do futebol profissional, Eberlin disputou a divisão de elite nacional de 1998 a 2006 (Marco Ribolli/Pontepress)

Com a proximidade da estreia na Série C do Campeonato Brasileiro, no próximo sábado, às 16 horas, contra o Figueirense, no estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis, a Ponte Preta entra em sua fase final de preparação e confia na experiência da própria diretoria e de jogadores que passaram pelas principais divisões do futebol brasileiro para conseguir uma das quatro vagas disponíveis para a Série B de 2026.

Ao contrário do que apregoam algumas equipes, segundo as quais, o melhor é contar com atletas especializados na divisão, a Macaca foi pelo caminho inverso e acredita em pessoas que já estiveram no topo do futebol nacional. Um cenário vivido pelo próprio presidente Marco Antonio Eberlin. Guindado a diretor de futebol em meados da década de 1990, ele conseguiu o acesso com a Macaca na Série B de 1997 e depois deixou a equipe na divisão principal nacional entre 1998 e meados de 2006, quando saiu por divergências com o então presidente Sérgio Carnielli. Após a sua saída, o clube não se recuperou e foi rebaixado no mesmo ano e só retornou com o terceiro lugar na Série B de 2011.

Alberto Valentim desembarca na Série C com currículo robusto. Lateral formado no Guarani em 1995, ele conseguiu atuar por Cruzeiro, Flamengo, Udinese e Athletico-PR. Como treinador, após uma experiência como auxiliar técnico do Palmeiras, Valentim emplacou trabalhos no Vasco, Botafogo e Athletico-PR. No ano passado, esteve envolvido na campanha do Ituano que culminou com o rebaixamento tanto no Campeonato Paulista como na segundona nacional. O técnico admitiu em várias oportunidades que a atual temporada é um espaço de redenção. "A primeira conversa que tive com João Brigatti (coordenador de futebol) e com o presidente Marco (Antônio Eberlin), foi de nós nos reerguermos individual, coletiva e institucionalmente. Todos nós. E isso, no período em Atibaia, foi falado todos os dias, de trabalhar mais, fazer mais do que todos fizemos ano passado, com quantidade e qualidade. Temos que unir esses dois pontos importantíssimos", afirmou o técnico na apresentação oficial, no dia 3 de janeiro.

Sem espaço para improvisos, a Macaca buscou um preparador físico que pudesse corresponder às expectativas em termos de eficiência e de trajetória profissional. A escolha recaiu sobre Léo Cupertino, que tem trabalhos nas categorias de base da seleção brasileira. Como saldo, o preparador foi campeão com a Seleção sub-23 nos Jogos Pan-Americanos de 2023. Cupertino atuou por América-MG, Bahia, Vasco, Vitória, Criciúma e Guarani e acumulou experiências internacionais na seleção da Guiné Equatorial e em times da Coreia do Sul e do Catar.

Se a diretoria e a comissão técnica exibem suas histórias nas divisões de elite de nível estadual e nacional, dentro do campo não fica atrás. O portifólio foi fundamental para a escolha do goleiro Diogo Silva, de 38 anos, que em 2024 atuou no Paysandu. Após ser revelado pelo Nova Iguaçu (RJ), o goleiro teve passagens por Vasco da Gama e Ceará e virou ídolo do CRB.

Encarregado de transmitir experiência ao ex-titular Pedro Rocha, o novo titular pontepretano nunca negou que atuar pela Macaca é uma experiência diferente. "Eu sou muito grato a Deus, feliz, por ter essa oportunidade de vestir a camisa da Ponte e vivenciar esse momento. Vim com muita alegria, sabendo da responsabilidade que eu tinha. A camisa é pesada", disse o goleiro após a vitória no Dérbi 209, realizado no dia 9 de fevereiro. O preparador de goleiros, Lauro Freitas, também esteve no topo quando foi jogador. Ele contabiliza trabalhos no Cruzeiro, Internacional e Atlético Mineiro.

Se Diogo Silva tem história para mostrar, o lateral esquerdo Danilo Barcelos e o armador Elvis são trunfos importantes na Série C. Com formação de base no América Mineiro, Danilo Barcelos construiu história ostentando camisas como as do Fluminense, Vasco, Botafogo, Atlético Mineiro e Ceará. No ano passado, Barcelos estava no Novorizontino, que quase obteve o acesso à divisão de elite. O Tigre ficou na quinta colocação com 64 pontos e perdeu no número de vitórias para o Ceará, o último promovido: 19 a 18. Elvis, por sua vez, carrega consigo o acesso com o Botafogo em 2015 e no Goiás em 2021. É com essa estrutura que a Ponte Preta tentará chegar a Série B, tendo uma folha salarial de R$ 1,4 milhão, a maior da divisão.

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