Segundo o titular da Delegacia de Investigações Gerais, a exumação é necessária para que sejam realizados alguns exames complementares na investigação do assassinato
As pernas da aeromoça estavam para fora da mala, que estava jogada em uma ribanceira ( Reprodução/ Facebook)
O corpo do principal suspeito de matar a aeromoça Michelli Martins Nogueira, achada dentro de uma mala em Nazaré Paulista no último dia 9, deve passar por exumação em breve. Segundo o responsável pela investigação do homicídio, Sandro Montanari Ramos Vasconcelos, titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Bragança Paulista, o pedido foi feito pelo delegado Marcelo Moreschi Ribeiro, do 2º Distrito Policial de Sumaré, onde foi registrado o suicídio de Júlio César Arrabal, companheiro e principal suspeito do assassinato. Ninguém do 2º DP foi encontrado pela reportagem para falar sobre a solicitação na noite de sexta (27), mas Vasconcelos afirmou que a exumação é necessária para que sejam realizados alguns exames complementares na investigação do assassinato, que ainda está em andamento pelas autoridades. Apesar do pedido, o delegado da DIG negou haver novo suspeito de ter cometido o crime. Desde o último dia 12, a polícia não divulgou mais detalhes à imprensa sobre a investigação do caso. De acordo com informações prévias do laudo pericial divulgadas na época, Michelli foi morta por esganadura, provavelmente após luta corporal. O documento indica ainda que a vítima caiu após ser agredida e que o suspeito teria sentado sobre seu peito e esganado seu pescoço, onde havia marcas de mão. A vítima ainda tinha ferimentos na boca, nariz quebrado e traumatismo craniano. O laudo também mostrou que a morte da aeromoça ocorreu entre 16 e 30 horas antes de o corpo ser encontrado na mala, na noite do último dia 9, na região da Represa Atibainha. O assassinato deve ter ocorrido na casa onde ela vivia com o marido, localizada no Residencial Guaíra, na região do Picerno, em Sumaré. Já as informações prévias do laudo de Arrabal indicavam que ele tentou se suicidar com uma faca, pois o corpo tinha cortes na região do tórax, para então se enforcar com o cinto na escada da sala da residência do casal. Ele foi encontrado cerca de oito horas após o corpo de Michelli ter sido achado pelas autoridades. Segundo informações levantadas pela polícia, Arrabal era usuário de drogas e, também segundo familiares da aeromoça, que ajudaram na apuração dos fatos, ele havia recebido uma espécie de “ultimato” da companheira para que parasse de consumir drogas imediatamente. Michelli queria que o marido se livrasse da dependência de qualquer maneira. Na casa dos dois, ainda foram encontrados pinos vazios de cocaína, uma garrafa de vodca consumida pela metade e uma nota de R$ 2,00 que teria sido supostamente usada para aspirar a droga.