VIOLÊNCIA

Polícia procura suspeitos por crimes e não crê em mais ataques

Delegado diz que homicídio de suposto traficante no Ipiranga provocou retaliação em ônibus

Duda Pereira
eduardo.pereira@gazetaderibeirao.com.br
27/03/2013 às 15:56.
Atualizado em 25/04/2022 às 22:58

A Polícia Civil já tem suspeitos pela morte de um homem de 27 anos e pelos três ônibus incendiados nesta segunda-feira (25), no bairro Ipiranga, Zona Norte de Ribeirão Preto. Segundo o delegado Paulo Henrique Martins de Castro, titular da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), os fatos devem estar relacionados, mas foram cometidos por pessoas diferentes.

“Não foram o mesmo grupo. A morte foi cometida provavelmente por um acerto de contas, pois a vítima tinha antecedentes criminais, enquanto que os incêndios foram provocados por retaliação ao homicídio”, afirmou o delegado, em entrevista nesta terça-feira (26) pela manhã.

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Segundo Castro, a vítima Tiago dos Santos Mazini, 27 anos, era conhecida como “Pé de Boi” e tinha acabado de cumprir pena por tráfico de drogas. Ele estava na rua, próximo à sua casa, quando dois homens passaram em uma moto e atiraram 12 vezes. Ele morreu no local. “Ele não era chefe do tráfico, mas sempre teve envolvimento com o crime. Mas não tínhamos nenhuma operação para prendê-lo”, afirmou.

O delegado ainda disse que não há qualquer suspeita de que policiais teriam sido os responsáveis pelo homicídio, como afirmaram moradores do Ipiranga. “Sempre que há crimes com estas características, de execução, populares relacionam a policiais, mas não há qualquer evidência.”

MOMENTOS DE TERROR

A sequência de ocorrências no Ipiranga começou por volta de 17h30, quando Tiago dos Santos Mazini foi assassinado na Rua Vila Bela. Momentos depois, dois homens invadiram um ônibus na Rua Tapajós, pediram a saída do motorista e dos passageiros e atearam fogo, provavelmente com gasolina. Quando o Corpo de Bombeiros chegou ao local, um outro ônibus era incendiado na Avenida Rio Pardo. Desta vez, os responsáveis teriam sido dez menores. Os dois veículos ficaram destruídos, mas ninguém se feriu.

Em resposta aos ataques, o Consórcio Pró-Urbano tirou os ônibus de transporte coletivo das ruas até o início da madrugada desta terça-feira (26).

Mais tarde, por volta de 22h, um micro-ônibus de uma empresa também foi incendiado. O motorista estacionou o veículo em frente de casa, e quando estava jantando ouviu o barulho de ataque. Os bombeiros foram chamados para controlar as chamas.

A Polícia Civil informou que suspeitos tentaram parar um caminhão de lixo em um trecho do Ipiranga, provavelmente para atear fogo, mas o motorista conseguiu fugir.

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