MORTE NA UNICAMP

Polícia ouve novas testemunhas nesta segunda

Depoimentos serão retomados hoje, após casal acusado ser preso

Bruna Mozer
30/09/2013 às 09:42.
Atualizado em 25/04/2022 às 02:04
Casal acusado evita imprensa após depoimento: presos na sexta-feira ( Leandro Ferreira/AAN)

Casal acusado evita imprensa após depoimento: presos na sexta-feira ( Leandro Ferreira/AAN)

A Polícia Civil ouve nesta segunda-feira (30) novas testemunhas do caso da morte do universitário Denis Papa Casagrande, de 21 anos, durante uma festa no campus da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a expectativa do delegado Rui Pegolo é de que as investigações sejam encerradas até sexta-feira (4). Nesta terça-feira (1º) deverá ser entregue à polícia o laudo do Instituto Médico Legal (IML) que apontará a causa exata da morte. “O laudo é fundamental para as investigações. Dirá como de fato ele morreu e se foi mesmo com uma facada”, disse o delegado. Ele não quis revelar quem serão as pessoas ouvidas. Disse apenas que são testemunhas tanto ligadas ao estudante quanto ao casal suspeito de envolvimento na morte. Os depoimentos começam à tarde. Maria Tereza Peregrino e Anderson Marcelino Ferreira Mamede, ambos de 20 anos, estão presos desde a noite de sexta-feira, após a Justiça aceitar pedido de prisão temporária (por 15 dias) feito pela polícia. A jovem, em depoimento na semana passada, confessou ser autora do golpe fatal no peito do universitário alegando legítima defesa durante uma briga. No entanto, a polícia ainda apura se é verdadeira a versão. Por isso, o laudo do IML é considerado fundamental pelo delegado. Segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), Maria Tereza está detida na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) e Mamede na cadeia anexa ao 2º Distrito Policial, no bairro São Bernardo. Anteontem, as informações eram de que ela havia sido transferida para a cadeia feminina de Paulínia. À tarde, a defesa dela desmentiu afirmando que a suspeita continuava em Campinas por falta de vaga na cidade vizinha, o que foi confirmado ontem pela secretaria. A defesa de Maria Tereza Peregrino vai recorrer à Justiça hoje (30), com pedido de habeas corpus para tentar livrá-la da prisão. Seu advogado, Felipe Ballarin Ferraiolli, voltou a dizer ontem que a prisão foi arbitrária e que ela agiu em legítima defesa. Ele também disse que entrará com recurso para que a defesa tenha acesso ao inquérito. “Até agora não sabemos nem o motivo da prisão. Não temos acesso a nada”, disse. Mamede não tem advogado. Crime O crime aconteceu na madrugada do dia 21 em uma festa, que segundo a Unicamp não foi autorizada, no Ciclo Básico. Casagrande foi esfaqueado durante uma briga provocada supostamente por ele ter assediado Maria Tereza, que estava em um lugar mais afastado, fazendo xixi em um gramado. Ela estava acompanhada de um grupo de amigos que pertencem ao movimento punk. O namorado dela, Mamede, também revelou ter feito ferimentos com uma faca na própria perna, por medo de retaliação. A polícia ainda investiga se a versão é verdadeira. Segundo o delegado, a prisão foi pedida pela polícia para impedir prejuízos às investigações. Veja também Medo dos jovens Defesa vai recorrer da prisão de jovem suspeita Mamede e Maria Tereza saíram algemados da Delegacia de Homicídios rumo à prisão nesta sexta Casal suspeito de matar estudante na Unicamp é preso Os suspeitos devem permanecer detidos por 15 dias, porém o tempo de prisão poderá ser prorrogado

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