SEGURANÇA

Polícia ocupa favelas do Rio de Janeiro

Forças de segurança ocupam favelas do Complexo do Caju e da comunidade Barreira do Vasco

Correio.com
03/03/2013 às 08:53.
Atualizado em 26/04/2022 às 02:25

Ocupação do Caju e Barreira do Vasco é tranquila

Forças de segurança ocupam, desde as 5 horas da madrugada deste domingo, favelas do Complexo do Caju, na zona portuária do Rio, e da comunidade Barreira do Vasco, em São Cristóvão, na zona norte. Cerca de 1.400 homens e 200 fuzileiros navais, divididos em 17 blindados, participam da ação. Helicópteros dão apoio à incursão.

Todos os acessos às favelas foram cercados pela polícia, enquanto os blindados da Marinha adentraram nas vielas. Alguns acessos estavam com barricadas de concreto, colocadas por traficantes para impedir a entrada dos veículos da polícia. Os blindados da Marinha do tipo Lagarta Anfíbio (CLAnf), que se locomovem por esteiras, não tiveram dificuldade para ultrapassar as barreiras. Não houve resistência dos traficantes, que há décadas dominam as comunidades. Até as 6 horas, não haviam sido registrados disparos de arma de fogo.

Os policiais militares vasculharam as comunidades à procura de bandidos foragidos da Justiça, além de armas e drogas. Há policiais em pontos estratégicos, como numa via férrea suspensa que corta as comunidades, bem como na Linha Vermelha, que liga o Aeroporto Internacional Tom Jobim ao centro e à zona sul da cidade. A via expressa, que margeia as favelas, foi fechada ao tráfego às 4 horas, para evitar que motoristas fossem atingidos por balas perdidas caso houvesse confronto com traficantes.

O major Ivan Blaz, porta-voz do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (PM), disse que as 13 favelas do Caju ficarão ocupadas pelo Bope e pelo Batalhão de Choque até a instalação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), ainda sem data estipulada. Já a comunidade Barreira do Vasco ficará ocupada pela Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), tropa de elite da Polícia Civil.

O clima era de tranquilidade na região. Moradores circulavam normalmente pelas ruas, embora evitassem falar com a imprensa por medo de represálias do tráfico. O comércio também estava funcionando na manhã deste domingo.

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