Oito golpistas foram presos em Franca e agiam com documentos falsos para conseguir créditos em bancos
Oito integrantes de uma quadrilha de estelionatários foram presos no início da manhã desta terça-feira (11), em Franca. Cinco homens e três mulheres, que não tiveram os nomes divulgados, foram surpreendidos em seis casas e a ação fez parte de uma ação conjunta das Polícias Federal de Ribeirão Preto e Divinópolis-MG, batizada de Operação Faena.
“A quadrilha agia com a produção de identidades falsas e abriam contas em instituições financeiras diferentes para conseguirem créditos. Assim que eles pegavam o dinheiro eles sumiam da cidade”, afirmou Daniel Fantini, delegado da Polícia Federal de Divinópolis-MG.
O golpe estaria sendo realizado há três meses e a quadrilha já teria causado um prejuízo total estimado de R$ 1 milhão. Os estelionatários agiram nas cidades mineiras de Divinópolis, Bambuí e Arcos, além de também terem atuado em Franca. “Eles ficavam no máximo 20 dias em cada cidade e tratavam de gastar rapidamente o dinheiro para não deixar pistas. Além dos empréstimos, eles adquiriram bens como uma propriedade rural”, ressaltou o delegado.
A Polícia Federal passou a investigar a quadrilha há dois meses após uma denúncia feita pela Caixa Econômica Federal, de Divinópolis-MG, que suspeitou da documentação apresentada por clientes para abertura de conta corrente. Somente na cidade eles abriram contas em cinco instituições financeiras, utilizando nomes e documentos falsos. Também foram criadas empresas de fachada para a obtenção de linhas de créditos de maior valor.
Os oito estelionatários tiveram a prisão temporária decretada por um prazo inicial de cinco dias, prorrogáveis pelo mesmo período. Durante esse período serão realizadas outras diligências pela Polícia Federal para tentar localizar novas provas e outros possíveis envolvidos. Os investigadores também apuram a informação de que um funcionário de um banco em São Paulo estaria facilitando a liberação de créditos à quadrilha, mediante o pagamento de propina.
O grupo prestará depoimento na sede da Polícia Federal de Divinópolis-MG e serão indiciados pelos crimes de estelionato, formação de quadrilha, falsificação de documento particular, falsidade ideológica e uso de documento falso. Na soma de todos os crimes, os suspeitos poderão pegar até 23 anos de prisão.