GUARUJÁ

Polícia Civil identifica dois suspeitos

Bombeiro aposentado de Campinas Hamilton Kihl Alves foi morto com dois tiros durante assalto

Felipe Tonon
11/02/2013 às 17:50.
Atualizado em 26/04/2022 às 05:04
Hamilton Kihl Alves foi morto a tiros na frente da mulher e um casal de amigos (Álbum de família)

Hamilton Kihl Alves foi morto a tiros na frente da mulher e um casal de amigos (Álbum de família)

A Polícia Civil de Guarujá identificou nesta segunda-feira (11) dois suspeitos de terem participado do latrocínio contra o bombeiro aposentado Hamilton Kihl Alves, de 57 anos, morto a tiros na madrugada do último sábado (9), quando chegava com a mulher e um casal de amigos para passar o Carnaval na cidade litorânea.

De acordo com o investigador chefe da cidade, Sérgio Carvalhal de Lima, os suspeitos deverão ser identificados pelas vítimas nesta terça-feira (12) ou quarta (13), por meio de fotos.

Se forem reconhecidos, terão a prisão decretada. A família agradeceu o empenho da polícia e disse que estará à disposição da investigação para que os bandidos sejam presos.

"A investigação já chegou a dois suspeitos. A partir de amanhã (terça) vamos chamar a família para tentar fazer o reconhecimento", disse Lima.

Segundo informações do investigador chefe de Guarujá, os dois homens, que ainda não foram presos, têm passagens pela polícia por roubo e são suspeitos de terem participado de outros crimes na região onde o bombeiro foi morto.

"Já sabemos, inclusive, de onde eles são e há fortes indícios de terem participado desse crime" , indicou.

A mulher de Alves e o casal de amigos que estava no carro no momento do roubo serão chamados para reconhecer os suspeitos por meio de fotos. Ao ser informada sobre os primeiros resultados da investigação, a família comemorou.

"Eu estou admirada com o apoio que estamos recebendo da imprensa. Graças às matérias está havendo uma solução muito rápida. Com certeza a família vai para lá reconhecer. A gente quer justiça", disse a cunhada do bombeiro, Andrea Cristina Amorim.

Ela disse que a família ainda está bastante abalada com o crime, mas quer ajudar a polícia no que for preciso. "Eles foram tão violentos que queriam mesmo matar. Não sei se na hora do desespero conseguiram olhar para o rosto deles, mas se Deus quiser eles vão conseguir reconhecer (os suspeitos). Eu só tenho que agradecer à polícia de lá pelo empenho em solucionar esse caso."

Morador do Distrito de Barão Geraldo, Alves foi morto com dois tiros - um na cabeça e outro no braço esquerdo — durante um latrocínio (roubo seguido de morte), em uma área que é considerada uma armadilha dos bandidos para atrair vítimas.

O bombeiro aposentado estava com a mulher e um casal de amigos e se perdeu na Avenida Dom Pedro. Os acompanhantes do bombeiro na viagem reclamaram da falta de sinalização nas vias públicas do Guarujá, das ruas escuras e da insegurança na cidade.

Sem conhecer bem a região, foi parar perto da Favela Cantagalo. A vítima se assustou quando os criminosos saíram de um matagal e acelerou o carro. Os criminosos dispararam várias vezes contra o veículo.

Testemunhas do crime afirmaram que ouviram de policiais da cidade que o local é temido por moradores do município e que a área se transformou em uma armadilha para turistas.

Segundo os familiares, para evitar o congestionamento na estrada, ele resolveu chegar ao Guarujá nas primeiras horas do dia. O crime ocorreu por volta das 4h de sábado.

A mulher da vítima, Vera Lúcia Mariano Alves, 52 anos, e sua amiga e comadre, Zélia Massaro Goulart, 49 anos, estavam no banco traseiro. Vera Lúcia quebrou o maxilar quando o carro bateu contra uma vala na via, após o bombeiro ser atingido, e deverá passar por cirurgia.

Segundo as vítimas, os bandidos tinham entre 18 e 25 anos, e estavam sem disfarce. O assistente da Delegacia Sede do Guarujá, Luiz Ricardo de Lara, negou, no domingo (10), que o local seja uma armadilha para turistas.

"Não temos registro de ataque em série ali. Existem, sim, roubos ao longo da via, mas nada que se refere somente a turistas", frisou.

Segundo Lara, serão feitas novas diligências para identificação e prisão de todos os autores. Ele também descartou a ação de uma quadrilha específica no local.

"É prematuro falar em quadrilha. É fato que houve um roubo seguido de morte", comentou. De acordo com as vítimas, cerca de cinco homens participaram da ação.

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