Pochmann quer um menor custo da tarifa

Temos dado ênfase à redução do custo da tarifa em Campinas. Isso nós queremos fazer de forma imediata, a partir do ano que vem, até porque é possível. Existe experiência nesse sentido, de fazer com que Campinas tenha a mesma forma de financiamento do transporte que ocorre em Paris e Nova York. Nós trabalhamos na verdade com uma grande operação urbana do transporte na cidade. Essa grande operação está associada à mudança no padrão de mobilidade que nós temos hoje. De um lado existe um grande esforço do transporte coletivo, seja pelo transporte de ônibus com o projeto de seis anos atrás dos corredores, que vai permitir associar nos corredores duas coisas importantes, como a ciclovias e, ao longo dos corredores, temos vários espaços não ocupados, de políticas de atração de empresas para o desenvolvimento regional.

A questão fundamental do ponto de vista do transporte é olhar a mobilidade que é feita cada vez mais com automóvel. Nosso plano também prevê a construção de dois anéis viários, que conectem as dez rodovias que cruzam Campinas. Eram rodovias expressas e hoje estão ficando cada vez mais com características de marginais porque tem uma parte importante de ônibus e caminhões que passam dentro de Campinas e que não precisariam passar. A ideia é de vincular as várias rodovias para tirar parte dos caminhões que passam por Campinas e que não precisariam. Isso daria um fluxo melhor para o equilíbrio do transporte. A segunda é um outro anel que conecte vários bairros. Nós temos uma concepção antiga. A ideia é vincular um anel que intercruze a Avenida Amoreiras, a John Boyd. Em vez da pessoa vir para o Centro para ir ao bairro vizinho, elas podem cortar.

Não são tantos recursos para fazer as interconexões. São ligações entre vias. Com um investimento na ordem de R$ 100 milhões é possível fazer isso. A outra coisa é a defesa do trem. A realização do Trem de Alta Velocidade vai fazer com que Campinas volte a ser um grande entroncamento ferroviário. O projeto do TAV é vincular Rio de Janeiro, Campinas, Curitiba e triângulo mineiro. Vamos ter um grande fluxo ferroviário.