Policial Militar foi reconhecido por quatro vítimas que tiveram relógios da marca 'Rolex' roubados; Polícia Civil busca identificação de outros membros da quadrilha
A Polícia Civil de Ribeirão informou que um policial militar de 44 anos está preso desde a última semana suspeito de ser um dos líderes de uma quadrilha que vem roubando relógios de luxo há cerca de 10 meses na Zona Sul da cidade. O oficial foi reconhecido por vítimas dessas ações como sendo o principal autor dos crimes. “Mostramos fotografias do suspeito às vítimas e uma delas, que não mora em Ribeirão, foi incisiva e não teve dúvidas ao apontar ele como o autor do roubo do relógio. Ao todo foram quatro vítimas que reconheceram o policial militar”, afirmou José Luis Meirelles Júnior, delegado titular do 4º Distrito Policial, que é onde fica a área aonde aconteceram os roubos. A Polícia Civil não tem dúvidas de que o policial militar não atuava sozinho. Não foram informadas quantas ocorrências deste tipo já aconteceram desde o início do ano e nem quantos relógios foram levados pela quadrilha. Por outro lado, as investigações já apontaram como funcionava a abordagem dos bandidos. “Fatos se davam muito próximo de um raio de 1 km a 1,5 km da nossa região e principalmente nas principais avenidas como a João Fiusa e Wladimir Meireles. Os roubos aconteciam logo após as vítimas saírem de estabelecimentos considerados nobres, como restaurantes, concessionárias, supermercados, entre outros”, ressaltou o delegado. O PM teve a prisão temporária decretada no dia 24 de setembro e foi encontrado dentro de casa. Ele não resistiu à prisão, porém negou que faria parte da quadrilha. Nenhum relógio de luxo foi encontrado na residência. Já no dia 3 de outubro, o suspeito teve decretada também a prisão preventiva. A Polícia Militar informou que o oficial está detido no Presídio Militar Romão Gomes, em São Paulo. As investigações também contaram com o apoio do Centro de Inteligência da Delegacia Seccional e da própria Polícia Militar. O próximo passo será identificar os demais integrantes da quadrilha. “Muitas pessoas não conhecem um relógio Rolex, mas percebemos que essas pessoas tinham informações privilegiadas. Acreditamos que outras pessoas estão agindo em conjunto com um receptador ou mais”, disse o delegado. Polícia MilitarA Polícia Militar informou em nota oficial que também abriu investigação interna para apurar o caso envolvendo um oficial. “Um procedimento administrativo também foi instaurado, para apurar a conduta do policial, que está na Polícia há 23 anos e trabalhava em São Carlos. Por fim, salienta-se que a Polícia Militar é uma instituição séria, de quase 182 anos de existência, prestando serviços em todos os municípios do Estado paulista, compromissada com o cidadão e NÃO COMPACTUA COM DESVIOS DE CONDUTAS PONTUAIS de nenhum componente, que possam comprometer os quase 100.000 homens e mulheres dignos, honestos e que fazem juramento, ao ingressarem na Polícia, de defender a lei, a honra e o cidadão, com o sacrifício da própria vida”, disse o comunicado.