Segue matéria publicada na última edição do jornal O Quinze: Paulo Planta “Eu não vim para explicar. Eu vim para confundir”. A frase preferida do antigo apresentador de TV Chacrinha cai como uma luva para as placas de sinalização em Sousas. Os motoristas e pedestres que decidirem seguir as orientações poderão se submeter a situações constrangedoras, errar o caminho e até colocar a vida em risco. Basta dar uma volta pelas ruas do distrito para encontrar desde situações engraçadas até alarmantes. Se seguir literalmente o que orienta a sinalização, por exemplo, o pedestre terá que atravessar a Rua Xavier Mayer, em frente ao Vittória Shopping, “plantando bananeira”. Um parafuso de sustentação da placa que indica o local da travessia caiu e ela ficou pendurada de cabeça para baixo. Apesar de engraçada, a situação pode representar perigo. Presa por apenas um parafuso, quem garante que não vai se soltar e atingir quem passa pelo local? Em outro ponto, a orientação é equivocada. Uma placa indica erroneamente que a rua não tem saída. Ela está na entrada da antiga linha do bonde, no trecho entre o Bairro Belmonte (Paredão) e o Centro. Quem não conhece o local vai desviar do caminho, que não é proibido para veículos, embora seja mais usado para caminhadas e passeios de bicicleta. Além de ter saída, o trecho pode ser uma boa alternativa para quem vem de Joaquim Egídio e vai até a região da subprefeitura de Sousas, em caso de congestionamento, que são comuns nos finais de semana. Em muitos locais, o problema é o desgaste das placas, que impede a visualização. Na Rua Monsenhor Dr. Emílio José Salim, perto do Clube Regatas, uma placa de contramão está dobrada ao meio. No semáforo para pedestres, na Rua Isabelita Vieira, por exemplo, é impossível ler as orientações. A tinta foi removida pelo uso. Galhos A alta taxa de arborização, um dos cartões postais do distrito, também representa problemas. São inúmeros os pontos onde os galhos dificultam a visualização da sinalização. No caso que pode ser considerado mais grave, um conjunto de fatores coloca a vida dos motoristas em perigo. A placa de Pare no cruzamento da Rua Artur Teixeira de Camargo com a Rua dos Expedicionários está encoberta por uma árvore. Como existe uma sinalização de solo após a Expedicionários, o motorista é induzido ao erro. Muitos entendem que é preciso parar apenas no segundo alerta. A atriz Danielle Toledo caiu na “armadilha”. Ao se orientar apenas pela sinalização de solo, em novembro, ela avançou o cruzamento e seu carro foi atingido pelo JAC 3, dirigido pelo autônomo Francisco França. Seu veículo foi atingido na porta do motorista. Por sorte, ela não sofreu ferimentos. Emdec O Quinze fez uma lista dos pontos mais problemáticos e encaminhou para a Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec ) e alertou que era apenas parte dos problemas. O jornal teve como resposta a promessa de que os locais relacionados serão visitados por técnicos, que irão detectar o que precisa ser feito. No caso da necessidade de poda ou remoção de árvores, a empresa informou que vai encaminhar o caso para o Departamento de Parques e Jardins (DPJ) da Prefeitura de Campinas.