Em apoio a manifesto nacional, piracicabanos se concentram no TCI, às 17h, e fazem passeata
Os piracicabanos participam do primeiro Ato Público de Apoio ao Manifesto Nacional e vão às ruas, nesta quinta-feira (20), contra o aumento das passagens de ônibus e pelo transporte público de qualidade. Até a noite desta quarta (19), mais de 12 mil pessoas tinham confirmado presença na manifestação da cidade pelas redes sociais. A concentração será às 17h, no TCI (Terminal Central de Integração). Os participantes programam caminhar até da Câmara de Vereadores.
Na tentativa de manter a ordem, evitar tumultos e depredação de espaço público, o prefeito Gabriel Ferrato (PSDB) se reuniu, no início da noite desta quarta, com a comandante interina do 10º Batalhão da Polícia Militar (PM), major Adriana Cristina Nunes, o comandante da Guarda Civil Municipal (GCM), Silas Romualdo, e com estudantes representantes da Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba), Fatec, IFSP (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo) de Piracicaba e da escola estadual professor Elias de Mello Ayres, que integram o Bloco dos Estudantes Pela Paz e Contra o Aumento.
"Desde o início do ano realizamos manifestações pacíficas. Em abril, fomos recebidos pelo prefeito Ferrato e após divergências dentro do movimento Pula Catraca, ele se dispersou. Nós então, continuamos na luta em prol do transporte público e criamos um grupo independente", explica o presidente do DCE (Diretório Central dos Estudantes) da Unimep, Rafael Lacerda. "Amanhã não será diferente. Queremos apenas ser ouvidos e vamos para uma manifestação pacífica. Por isso, pedimos a todas as pessoas que apóiam a nossa causa, que estejam interessados em reivindicar e não bagunçar, que marquem presença e que se vistam de branco", acrescenta o estudante.
Com base no movimento de São Paulo, realizado na última segunda-feira, quando 280 mil pessoas confirmaram presença pelas redes sociais e o Datafolha contabilizou 65 mil participantes, a expectativa é que mais de duas mil pessoas saiam na cidade a favor do ato, na tarde desta quinta.
Durante o encontro, a PM e a GCM aconselharam os estudantes sobre como dirigir a manifestação sem que nenhuma das partes seja lesada. "Nosso desafio será manter os ânimos dos participantes. Eles vão precisar levar a insatisfação para as vozes e para os cartazes", explica o diretor do DCE da Unimep, André Quilles.
De acordo com a major Adriana, a linha do Batalhão é a negociação. "Prezamos pela conversa, pela negociação e pela segurança da população. Queremos apenas garantir a ordem, sem confrontos. Também vamos em prol das pessoas que não vão participar da manifestação por meio de desvio do trânsito e orientações".