MANIFESTAÇÃO

Piracicaba vai às ruas contra tarifa de ônibus

Após ato na cidade, prefeito Gabriel Ferrato (PSDB) disse que vai estudar o que pode fazer

Da redação
21/06/2013 às 00:28.
Atualizado em 25/04/2022 às 11:25

Com cartazes de protestos e gritos de insatisfação, os manifestantes de Piracicaba se reuniram em diferentes locais da cidade e foram em passeatas pacíficas até o TCI (Terminal Central de Integração), onde ocorreu a concentração do primeiro Ato de Apoio ao Manifesto Nacional. Os ativistas se colocam contra ao aumento da tarifa do transporte público, a precariedade do serviço público e a corrupção.

Da Esalq/USP (Escola Superior de Agricultura Luíz de Queiroz/Universidade de São Paulo) partiram cerca de 300 pessoas. Organizados pelo grupo Juventude se Levanta Contra o Aumento, a movimentação reuniu universitários e estudantes do cursinho pré-vestibular gratuito oferecido pela instituição de ensino.

Durante o trajeto, o grupo se encontrou com alunos do Ensino Médio do Anglo e do CLQ. “Estamos em paz, queremos reivindicar nosso direitos. Vivemos em uma democracia”, afirma o integrante do grupo da Esalq, Guilherme Gandolfi.

A princípio, o objetivo da manifestação era sair em passeata do TCI com destino à Câmara dos Vereadores de Piracicaba. Mas, como a Casa das Leis e a prefeitura estavam fechadas, saíram em protestos pelas ruas da cidade.

Portando cartazes com dizeres “Ih ferrou, o povo acordou”, “Você aí parado também é explorado”, “Queria pedir, mas resolvi ir buscar”, “Mãos para o alto, R$ 3,40 é um assalto”, “Enfia os 20 centavos no SUS”, “Feliciano, inventa a cura para a corrupção!”, os manifestantes percorreram a avenida Armando de Salles Oliveira rumo a Ponto Caio Tabajara, conhecida com Ponte Estaiada.

Pelo trajeto, a população cantou o Hino Nacional e a música "Para dizer que não falei das flores", de Geraldo Vandré, que se tornou hino da Ditadura Militar, entre outros gritos.

Durante a passeata, a população recebeu apoio de quem ainda trabalhava ou estava em suas casas. Pela janela, muitos abanavam panos brancos.

Carlos de Jorge, 52 anos, participou do ato ao lado da filha Julia, 19 anos. “Tenho orgulho de poder participar da mudança do Brasil. E poder fazer isso ao lado da minha filha. Estive presente nas Diretas Já, presenciei a promulgação da Constituição de 1988 e ainda tenho muito o que aprender com esta moçada”, conta.

A aposentada Irene Faria, 71 anos, também foi às ruas. “É maravilhoso ver esta juventude tentando mudar a realidade do Brasil. Finalmente eles acordaram”.

Até mesmo quem ficou preso no trânsito, quando retornava do trabalho pela avenida Armando de Salles Oliveira, às 17h40, apoiou a iniciativa. “É a democracia e eles têm o direito de protestar contra as irregularidades do Brasil. O movimento é muito válido”, opina o técnico de segurança do trabalho, Rudinei Furlan.

Por volta das 18h, os manifestantes chegaram à Ponte Caio Tabajara. Em um dos momentos mais bonitos da passeata, eles também ocuparam a Ponte do Mirante e juntos cantaram o Hino Nacional.

“A juventude está com vontade de mudanças e todas estas pessoas nas ruas mostram que não aguentam mais a corrupção, a falta de qualidade nos serviços públicos, agora é a hora, o Brasil precisa mudar”, afirma a estudante de direito, Jaqueline Barbosa.

Na retomada do objetivo inicial, da Ponte do Mirante os manifestantes partiram de forma pacífica rumo à Câmara de Vereadores.

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