OPERAÇÃO

Piracicaba fecha desmanches de carros e apreende peças

Três comércios de venda de peças usadas de veículos foram fechados, na manhã desta quarta-feira, 10, em Piracicaba

Juliana Franco
10/06/2015 às 21:20.
Atualizado em 23/04/2022 às 11:07

Luciene Cristina Modesto diz que peças eram comercializadas no espaço sem nota e sem autorização ( Christiano Diehl Neto/ Gazeta de Piracicaba)

Três comércios de venda de peças usadas de veículos foram fechados, na manhã desta quarta-feira, 10, em Piracicaba. A ação está inserida na operação realizada, desde o ano passado, pelo Detran (Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo), em parceria com as Polícias Civil e Militar, a Secretaria Estadual da Fazenda e a administração municipal. Os espaços funcionavam na Vila Industrial, no Santa Terezinha e no Jardim Potiguar.Após ser advertido três vezes, o comércio de José Pereira de Farias, de 45 anos, localizado na Rua Antônio Franco de Lima, na Vila Industrial, foi lacrado. Além de toneladas de peças de veículos, foram contabilizadas 80 carcaças de veículos. O material estava acomodado na residência de Farias, em dois espaços vizinhos e nos terrenos em frente a casa. Apesar de não ter documentação dos espaços, Faria assegura ter permissão para utilizar os terrenos ao redor. “A operação é realizada em três fases. Verificamos os espaços que funcionam sem credenciamento, notificamos e, caso a situação não seja regularizada, lacramos o local. Na Vila Industrial, estivemos três vezes conversando com o senhor José. Ele não tem documentação das peças e nem dos veículos. Possui apenas papéis antigos, que diz ter adquirido em leilões alguns carros. Demos um prazo para que ele regularizasse a situação, mas nada foi feito”, explica a superintendente da regional do Detran, Lucilene Cristina Modesto. “Após investigações, constatamos que peças eram comercializadas no espaço, sem nota e sem autorização. Inclusive, quando chegamos aqui, nos deparamos com um cliente, adquirindo peças”, completa.A equipe da operação não tem ideia da quantidade de material acumulado no local. “As peças vão ser recolhidas pela administração municipal, catalogadas e ficarão armazenadas em um espaço da prefeitura. Caso o proprietário comprove as origens delas, ele pode reaver os produtos”, explica Lucilene.HISTÓRICOCom duas passagens pela polícia por receptação e furto, José Pereira de Faria, de 45 anos, tentou argumentar com o equipe da operação. “Perdi minha mãe quando tinha sete anos e tive que me virar na vida. Trabalhei por 13 anos com funilaria e há cinco montei este espaço. Este é o modo que tenho para sobreviver. Tenho alguns documentos, pois adquiro carros em leilões”, revela.Ainda segundo Faria, o objetivo dele era comprar um guincho, nos próximos anos, e ingressar em outro ramo. “Esta é minha vida, só queria uma chance e mais uns dias para me desfazer de todo o material”.Argumentação que não deu certo. Membro da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), Ramaleão diz que o proprietário foi investigado por meses. “Além da questão irregular, há muito material acumulado. Além do uso irregular do solo, ele está contaminando o solo e também pode ser um criadouro do mosquito da dengue”, revela.

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