Usadas como condimento, ingrediente protagonista ou até para a decoração de receitas
Elas estão longe de ser unanimidade no paladar dos brasileiros, mas podem ser boas companheiras no prato para quem souber apreciá-las — e tiver estômago para isso. Usadas como condimento, ingrediente protagonista ou até para a decoração de receitas, as pimentas, que se dividem em uma enorme variedade, conquistam pelo visual e pelo cheiro. E é preciso tomar cuidado com elas.
A reportagem foi até o Mercadão de Campinas pra encontrar desde aquelas que podem ser consumidas sem maiores problemas — até como aperitivo — até as mais ardidas, que chegam a tirar lágrimas dos olhos.
A comerciante Silvana Aparecida Barbosa, de 39 anos, tem um box exclusivo de pimentas e ensina a consumir adequadamente o produto. A mais leve de todas, segundo ela, é a cumari, seguida da malagueta, as habaneros chocolate e vermelha e, no topo do pódio, a pimenta-de-cheiro baiana.
Além delas, outras pimentas são muito peculiares no box da Silvana. Um exemplo é a biquinho, que tem formado circular, podendo ser comparada a um tomate-cereja — a comerciante garante que dá pra comer como se fosse azeitona. Por sua aparência e baixo índice de ardência, a pimenta também é bastante usada como decoração, para a finalização de pratos.
A pimenta-de-cheiro verde, muito usada para temperar comida, é exclusividade do box em toda a cidade. Além delas, existe também a dedo de moça, uma das pimentas mais populares no Brasil, que é a preferida do público junto à pimenta-de-cheiro baiana.
Quem prefere se aventurar tem que experimentar o molho da pimenta mais ardida do mundo, segundo o livro Guinness de 2007. Vendida a R$ 10, de origem indiana e produzida em Minas Gerais, a Bhut Jolokia promete aguçar o paladar — no pior dos sentidos. Também conhecida como pimenta fantasma, a espécie desbancou a savina vermelha no livro dos recordes. “Mesmo que seja bem forte, é uma pimenta que vende bem”, disse Silvana.