INVESTIGAÇÕES

PF prende sobrinho e o secretário do governador do Acre

Entre os presos está um sobrinho do governador Tião Viana (PT) que trabalhava no governo

10/05/2013 às 10:25.
Atualizado em 25/04/2022 às 16:49
Entre os presos pela Polícia Civil está um sobrinho do governador Tião Viana (PT) que trabalhava no governo (Agência Brasil)

Entre os presos pela Polícia Civil está um sobrinho do governador Tião Viana (PT) que trabalhava no governo (Agência Brasil)

A Polícia Federal (PF) cumpre na manhã desta sexta-feira, 10, mandados de prisão e 34 de busca e apreensão em órgãos públicos nas cidades de Rio Branco e Tarauacá, no Acre. Entre os presos está um sobrinho do governador Tião Viana (PT) que trabalhava no governo. Os demais alvos da operação também são funcionários públicos, entre eles o secretário de Obras do Acre.

As investigações da Operação G-7, iniciadas em 2011, apontam para um esquema de fraude em licitação e desvio de verba pública em obras de pavimentação. Nos seis contratos analisados pela PF, o prejuízo aos cofres públicos ultrapassou R$ 4 milhões. O valor total dos contratos é de R$ 40 milhões.

Além do secretário de Obras, a PF cumpre mandados de prisão do ex-secretário de Habitação e ex-superintendente da Caixa Econômica Federal, do diretor do Departamento de Pavimentação e Saneamento e Abastecimento (Depasa), do secretário municipal de Desenvolvimento e Gestão Urbana de Rio Branco, do diretor executivo da Secretaria de Habitação.

Outros servidores e empreiteiros também serão investigados. Os nomes e o número exato de envolvidos não foram informados. A PF informou que todos devem responder pelos crimes de formação de cartel, falsidade ideológica, corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha, fraude à licitação e desvio de recursos públicos.

O nome da operação é uma referência ao grupo de ministros da Fazenda das maiores economias do mundo. No Acre, sete empresas se revezavam nas licitações e apenas simulavam a concorrência. Segundo a PF, os concorrentes que não fizessem parte do grupo eram eliminados ainda na fase inicial da licitação.

Representantes do governo do Estado não foram localizados para comentar o assunto até a publicação dessa reportagem.

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