RIBEIRÃO PRETO

Pesquisa revela potencial na produção de cana-de-açúcar

A microrregião de Ribeirão Preto, em especial o entorno de Jardinópolis, seria capaz de produzir 7,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar com competitividade logística até o biênio 2020/2021

Ig Paulista
03/03/2013 às 05:00.
Atualizado em 26/04/2022 às 03:00
Caminhão transporta cana em fazenda na região de Ribeirão: capacidade de produção deve ser reforçada (Sérgio Masson-24 ago 2012)

Caminhão transporta cana em fazenda na região de Ribeirão: capacidade de produção deve ser reforçada (Sérgio Masson-24 ago 2012)

A microrregião de Ribeirão Preto, em especial o entorno de Jardinópolis, seria capaz de produzir 7,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar com competitividade logística até o biênio 2020/2021. A quantidade é a sexta maior do Estado, que poderia moer até 287,5 milhões de toneladas para daqui sete anos, o equivalente a 53,6% de toda produção nacional na safra 2012/2013.

Tal estimativa foi desenvolvida na tese “Avaliação das localidades ótimas para expansão da oferta de cana-de-açúcar no Brasil: uma aplicação de programação inteira mista”, defendida na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), ligada à USP, por José Eduardo Holler Branco. O estudo desenvolveu uma ferramenta matemática capaz de auxiliar no planejamento da expansão dos canaviais.

Foram levados em conta o custo de transporte entre as regiões produtoras de açúcar e álcool e as regiões de consumo ou portos de exportação, além do preço de arrendamento de terra em cada Estado e a produtividade média de cana-de-açúcar. A pesquisa foi desenvolvida entre 2009 e 2013.

Em São Paulo, foram delimitadas 29 microrregiões. Os números anotados por Ribeirão Preto/Jardinópolis empataram com os de Itapetininga, Tatuí, Itapira e Monte Aprazível. À frente ficaram Fernandópolis e General Salgado (10 milhões de toneladas); Narandiba e Casa Branca (12,5 mi); Araraquara, Itapeva, Cafelândia, Riolândia e Guararapes (15 mi); Echaporã e Santa Cruz do Rio Pardo (17,5 mi); e Paraguaçu Paulista e Olímpia (20 mi).

“A distribuição adequada da produção minimiza os custos de transporte entre as regiões produtoras e as localidades de consumo. É primordial que a localização de novos canaviais seja norteada pela racionalidade econômica, com foco na minimização dos custos logísticos e maximização de receita do setor”, disse Branco.

A tese abrange ainda outros Estados e áreas propícias a produzir cana logisticamente viável. Entre elas, destacam-se Barreiras e Caravelas, na Bahia; Águas Lindas de Goiás, em Goiás; Lagoa da Prata e Pirapora, em Minas Gerais; e Angélica, Nova Andradina, Aparecida do Taboado, Santa Rita do Pardo e Chapadão do Sul, em Mato Grosso do Sul —todas estas com capacidade para 20 milhões de toneladas de cana.

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