Ele era o comandante do transatlântico que naufragou em janeiro de 2012 no litoral italiano matando 32 pessoas
O Ministério italiano dos Transportes suspendeu a permissão para pilotar embarcações de Francesco Schettino, o comandante do transatlântico Costa Concordia, que naufragou em janeiro de 2012, informou nesta quinta-feira (19) a imprensa italiana. Segundo o site do jornal La Stampa, o decreto de suspensão foi assinado pelo ministro Maurizio Lupi entre o final de junho e o início de julho, mas essa punição só se tornou pública nesta quinta. Privado de sua "permissão para pilotar" marítima, Francesco Schettino não poderá realizar o seu sonho, manifestado em janeiro, de voltar ao mar no comando de um navio. Alvo de pesadas críticas e considerado o "homem mais odiado da Itália", Francesco Schettino responde na justiça por homicídio por imprudência, abandono de navio e danos ao meio ambiente. Trinta e duas pessoas morreram no naufrágio. Seu julgamento, que começou em meados de julho, deve ser retomado segunda-feira pelo tribunal de Grosseto, na Toscana, e uma série de audiências estão programadas para toda a semana, segundo sua defesa. Os outros cinco réus fizeram um acordo com a justiça e foram condenados a penas moderadas, chamadas de "negociadas", que vão de dois anos e dez meses de prisão a seis meses por múltiplos homicídios por imprudência. O julgamento será retomado seis dias depois de o navio ser endireitado, numa enorme operação que durou mais de vinte horas.