O que pode acontecer quando perdemos um documento em uma viagem ao Exterior? A resposta depende exatamente do país que estamos visitando
Dor de cabeça com a perda de documentos no Exterior pode de minimizada (Divulgação)
Perder documentos no país em que moramos já é uma dor de cabeça. É preciso fazer boletim de ocorrência e rezar para que quem os encontre não resolva utilizá-los para fins criminosos. Fora o calvário para tirar toda documentação novamente.
Mas o que pode acontecer quando perdemos um documento em uma viagem ao Exterior? A resposta depende exatamente do país que estamos visitando. Se for no Mercosul, onde o acordo entre os países permite a entrada apenas com RG, é mais fácil. Não que seja menos burocrática. A dica neste caso, é levar sempre uma cópia do documento e nunca sair com o original. Se não pensamos nisso previamente, outra maneira de agilizar o processo é deixar uma cópia do documento, além da certidão de nascimento em PDF ou JPG em um pen drive ou mesmo em algum webdrive como os do Google, UOL ou Yahoo. Com fotos, basta procurar o consulado brasileiro e pedir a emissão de uma segunda via. Se a perda foi de passaporte e se o turista não levou o RG, então o processo e a documentação é a mesma para a emissão do documento de viagem.
Se a perda foi fora do Mercosul, a coisa complica um pouco. Mas é possível remediar, guardando também em um pen ou webdrive todos os documentos exigidos para a emissão do passaporte e, inclusive uma cópia do próprio passaporte. Com essas cópias em mãos, basta procurar o consulado, pagar a taxa de emissão e em alguns dias o documento é emitido. Para quem não tem a documentação ou não pode esperar, e pelo menos tem um RG em mãos, o consulado pode emitir um documento para a viagem de volta ao Brasil que é válido apenas para essa viagem. Caso contrário, é preciso cumprir todos os trâmites.
Mas o que fazer quando e onde não existe representação diplomática brasileira? Não é necessário entrar em pânico, nesse caso é preciso contar apenas com uma dose extra de paciência. Toda a documentação precisa ser enviada por correspondência para um consulado em um país próximo. Os trâmites em si são os mesmos: taxas, documentos, fotos etc. Tudo é enviado pela internet ou pelo correio.
A dor de cabeça (e do bolso) vai depender do retorno. Se o prazo entre o voo e a emissão do novo documento for muito apertado, esqueça! O jeito será abrir a carteira e pagar mais alguns pernoites. Isso sem falar da multa cobrada pela companhia aérea para a remarcação do voo. E dependendo da tarifa paga originalmente, pode sair ainda mais caro que os trechos de ida e volta.
Agora, se o viajante não utiliza as facilidades da internet e nem tem o cuidado de manter cópias de tudo, então é preciso reservar tempo, dinheiro e muita paciência. Será necessário ligar para o Brasil e contar com alguém que reúna tudo e envie por email ou correio. A partir daí é que começará o processo para adquiri um novo passporte e permissão de voltar ao Brasil.
Eduardo Gregori é editor de Turismo do Correio Popular