ECONOMIA

Pela 1ª vez em 3 anos, RP tem deflação em todos os setores

Resultado foi apontado em pesquisa do Índice de Preços ao Consumidor (IPC); Transporte e Habitação foram os que tiveram queda mais significativa

Luís Augusto
luis.almeida@gazetaderibeirao.com.br
16/07/2013 às 17:40.
Atualizado em 25/04/2022 às 08:31

Pela primeira vez em três anos, Ribeirão Preto registrou quadro de deflação em todos os setores avaliados em pesquisa da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp), feita em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O resultado que apresentou o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) no mês de junho foi divulgada nesta terça-feira (16).

“Em abril a gente já tinha um diagnóstico de que haveria a possibilidade de uma deflação em julho, mas esse tamanho surpreendeu porque não imaginávamos que aconteceria em todos os setores. A magnitude da deflação é que surpreendeu”, afirmou Fred Guimarães, economista da Acirp.

O IPC referente ao mês de junho foi de - 0,310% em Ribeirão, registrando deflação e queda no custo de vida em relação a maio. Todos os grupos estudados apresentaram variação negativa. O grupo Transporte foi o que apresentou a variação mais significativa com - 0,732%, que culminou em uma contribuição no índice final de - 0,150 pontos percentuais.

O grupo Habitação foi o segundo que mais contribuiu com a queda dos preços, com variação de - 0,455% e contribuição no índice geral de - 0,105pp. Com contribuições menos expressivas aparecem os grupos Vestuário e Alimentação, com variações de - 0,426% e - 0,061% e contribuições respectivas de - 0,024 pp e - 0,020pp. Os demais grupos apresentaram contribuições negativas, porém, em nível reduzido. “De abril a junho a inflação teve queda crescente. Em julho há a chance de também ser negativo porque já temos indicativo de que os alimentos terão nova redução dos preços assim como também o transporte público”, ressaltou o economista.

Alguns poucos vilões surgiram para atrapalhar esse cenário de deflação na economia em Ribeirão. Um deles foi o leite, que teve a maior alta no mês. “A exceção foi o leite porque vive período de entressafra do produto. Em junho o leite subiu 2,68% e isso pesa muito no orçamento das pessoas”, declarou Guimarães, que alerta para uma mudança em breve no quadro econômico da cidade. “A partir de agosto entra período de seca e até outubro entraremos em um período de mais instabilidade. A questão climática causará grandes efeitos no preço dos alimentos.”

A pesquisa completa pode ser lida no link: http://tinyurl.com/n2sv2h9

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