Muitos resorts espalhados pelo mundo (principalmente os de praia) oferecem tantas atividades (culturais, gastronômicas e esportivas) ao hóspede que o básico acaba ficando de fora do pacote.
Já que a edição é dedicada a resorts e a casas em condomínios de luxo, trato de uma postura que, do meu ponto de vista de viajante, desvirtua o sentido de uma viagem. Para mim, viajar de férias é conhecer o destino em todas as suas facetas.
Muitos resorts espalhados pelo mundo (principalmente os de praia, no meio do nada, mas com toda a infraestrutura construída em função deles) oferecem tantas atividades (culturais, gastronômicas e esportivas) ao hóspede que o básico acaba ficando de fora do pacote.
É tanta comodidade que a pessoa nem sente necessidade, por exemplo, de descer até a faixa de areia e entrar no mar. A culpa não é dos resorts afinal, quando investe-se em uma viagem, espera-se o melhor, desde a alimentação à infraestrutura.
Culpado é quem prefere ficar na piscina vendo a linha o mar de longe como algo inalcançável ou se fartando nos deliciosos bufês que só os resorts têm.
Então a dica de viagem da semana é que, conhecer um destino não se trata apenas de se encastelar em um hotel e ficar curtindo tudo que ele tem a oferecer e de lá voltar para a casa. Não custa nada (e faz muito bem) sujar os pés na areia pra deixar as ondas lavarem, respirar um pouco de ar limpo, fazer uma visita a um vilarejo, tirar fotos de lugares pitorescos, ir a um restaurante e provar a verdadeira culinária local.
Garanto que a experiência da viagem será muito mais intensa e agradável. Aproveitar tudo de um resort é ótimo e deve ser feito mesmo, afinal a gente paga por isso. Mas deixar a comodidade e o conforto de lado também faz parte da viagem.
E se o hotel ficar em uma região remota, sem acesso fácil a povoados, não tem problema. É possível alugar um carro no aeroporto onde foi realizado o desembarque. Pagando um pouco mais, a locadora entrega e recolhe o veículo na porta do resort.
Para quem não quer investir um pouco mais na viagem, não é preciso ir muito longe ou utilizar um automóvel locado. Uma caminhada no entorno do complexo hoteleiro já é suficiente. É uma forma, mesmo que mínima, de ter um contato direto com o destino.