POLÊMICA

Pastor Feliciano recebe apoio e críticas em redes sociais

Pelo Twitter e Facebook, o parlamentar divide opiniões entre defesas e ameaça de protestos

Agência Estado
08/03/2013 às 16:37.
Atualizado em 26/04/2022 às 01:29
Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) eleito presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil )

Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) eleito presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil )

Eleito, na quinta-feira (7), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, o pastor Marco Feliciano (PSC-SP) vem recebendo manifestações de apoio e críticas pelas redes sociais.

APOIO

Em agradecimento, sua assessoria divulgou um vídeo em que o deputado aparece emocionado e rezando após a posse."Você sabe o que faz um homem de Deus depois de uma grande luta e enfim uma vitória?", diz a frase inicial do vídeo de menos de um minuto. A sequência mostra o deputado rezando de mãos dadas a outras três pessoas, com os olhos fechados. Com a aproximação da câmera, uma gota de lágrima escorre pelo seu rosto. O vídeo é encerrado com o Salmo 33:12 - "Feliz é a Nação cujo Deus é o Senhor" - e a # "Rumo ao Governo dos Justos".

Em contraponto às manifestações de repúdio à eleição do pastor na Comissão, seus seguidores no Twitter e no Facebook saíram em sua defesa. "As pessoas só atacam quem incomoda. O senhor está fazendo a diferença. O povo de Deus é contigo", escreveu uma simpatizante no Twitter. "Sei que fará uma gestão digna que lhe foi confiada", comentou outro seguidor. "Pastor @marcofeliciano é um exemplo pra nossa geração! Um homem de Deus que não tem do que se envergonhar e merece nosso respeito", acrescentou outro.

O deputado, acusado de ser homofóbico e racista, tem mais de 141 mil seguidores no Twitter e outros 101 mil no Facebook. Nas redes sociais, ele (que é presidente da Igreja Assembleia de Deus Catedral do Avivamento) se apresenta como escritor, cantor, apresentador de programa de TV, conferencista internacional com bacharelado em Teologia e doutorado em Divindade.

CRÍTICAS

Em protesto, um grupo de internautas iniciou uma mobilização no Facebook para promover neste sábado (9) uma manifestação em 10 cidades brasileiras. Chamado de "Ato de Repúdio" à nomeação do parlamentar, o evento deve acontecer simultaneamente às 14 horas. Em São Paulo, os manifestantes devem se concentram na esquina da avenida Paulista com a rua da Consolação.

A mensagem "convocatória" dos internautas é assinada por "Minorias" brasileiras e ressalta o "profundo descontentamento com a indicação e a eleição" do deputado para a Comissão. "As declarações racistas e homofóbicas do citado deputado ferem a ética política necessária à reputação daquele que coordenaria um órgão zelador dos direitos humanos", diz o texto. "Num país de democracia tão jovem, faz-se necessário gritar a plenos pulmões que a nossa cidadania não será cerceada diante de tamanha agressão", completa a mensagem.

Além de São Paulo, manifestações devem acontecer no Rio de Janeiro, Salvador, Feira de Santana (BA), Fortaleza, Juiz de Fora (MG), Uberlândia (MG), Porto Alegre (RS), Curitiba (PR) e Brasília. Além dessas dez cidades brasileiras, haverá manifestações também em Buenos Aires, capital argentina. Apesar do deputado ser líder de uma igreja evangélica, os organizadores do protestos afirmam que o evento não é contra os evangélicos. "Demonstrações de ódio a religiões não serão toleradas", avisam.

Acusado de racismo e homofobia, o parlamentar também ganhou o amparo de seus admiradores nas redes sociais. Além de cumprimentá-lo pela eleição, seus seguidores chegaram a incentivá-lo a se candidatar à Presidência da República. "Queremos que o teu partido lance você como nosso próximo presidente da República", disse um seguidor no Twitter.

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