NEGÓCIOS

Passaredo tem 15 anos para quitar dívida de R$ 150 milhões

Plano de recuperação judicial junto a centena de credores foi aprovado em assembleia

Duda Pereira
04/05/2013 às 17:35.
Atualizado em 25/04/2022 às 17:42

Os credores da Passaredo Linhas Aéreas aprovaram, em assembleia realizada nesta sexta-feira (3), em Ribeirão Preto, o plano de recuperação judicial para quitar uma dívida de aproximadamente R$ 150 milhões da empresa. O plano para pagamento do montante em até 15 anos foi aprovado por 88% dos credores presentes – dos mais de 300, foram à assembleia cerca de 70.

A Passaredo entrou em recuperação judicial em outubro do ano passado, e apresentou seu plano de recuperação aos credores dois meses depois. O documento foi elaborado em conjunto pela companhia aérea e a Exame Auditores Independentes, e prevê o pagamento das dívidas trabalhistas em até um ano. Em 2012, mais de 100 funcionários foram demitidos pela Passaredo.

“A dívida atual gira em torno de R$ 150 milhões, mas com esse plano de reestruturação de 15 anos deve ficar menor que R$ 100 milhões”, afirmou Angelo Guerra, representante da Exame. Segundo ele, os credores são divididos em três classes: trabalhistas, com garantia geral e quirografários (sem garantia real de pagamento).

A aprovação do plano de recuperação é o principal passo para que a Passaredo deixe o estado de recuperação judicial. “É um marco importante, é sempre uma apreensão grande [a espera pela aprovação do plano]. A partir de hoje começa uma nova Passaredo, mais forte e confiante”, disse José Luís Felício, presidente da companhia.

Segundo Felício, a Passaredo acabou de inserir duas novas aeronaves à sua frota, que será totalmente renovada para propiciar novas linhas e itinerários a partir do Aeroporto Leite Lopes, em Ribeirão. “Precisamos sempre melhorar para buscar excelência no serviço e credibilidade junto aos clientes e credores.”

Jonatas Flor, 34 anos, ainda tem cerca de R$ 5 mil a receber da companhia aérea, que o demitiu em julho de 2012. O mecânico de manutenção, que hoje dá aulas em Araraquara, espera que a aprovação do plano acelere tal processo. “Recebi apenas uma parte quando fui demitido, e ainda estou aguardando o restante. Quero receber novidades já a partir de segunda-feira [dia 6)”, disse.

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