Páreo duro por vaga

A Justiça Eleitoral recebeu o pedido de registro de 805 candidatos a vereador em Campinas, número que corresponde a 25 concorrentes disputando cada uma das 33 cadeiras do Legislativo. A proporção é maior que a média de candidatos/vaga da 1ª fase do vestibular da Unicamp deste ano, que foi de 23,4, e supera cursos como engenharia de computação (22,6) e engenharia elétrica (19,3). O número de candidatos, porém, ainda pode mudar. A Justiça vai julgar os pedidos de registros e podem indeferir candidaturas de concorrentes que não apresentarem os documentos exigidos ou aqueles que forem enquadrados na Lei da Ficha Limpa. Apesar do surgimento de novos partidos, como PMB e Rede, o número de candidatos a vereador teve ligeiro aumento de 9% em comparação com a última eleição, quando 740 candidatos disputaram uma vaga na Câmara. Cada partido ou coligação pode registrar até 50 candidatos a vereador. Somente 4 legendas registraram o número máximo permitido — PSB, PV, PSC e PSD. O PSL e o PSDB se aproximaram do limite e terão 48 e 46 candidatos cada, respectivamente. Por outro lado, o PMB e o PTN terão apenas um concorrente cada um. O candidato do PMB é o vereador Aurélio Cláudio, que corre o risco de ter sua candidatura impugnada. Ele está na lista dos gestores que tiveram as contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-SP) por supostas irregularidades quando presidiu a Câmara. Propaganda eleitoral está liberada, mas cidade segue tranquila A propaganda eleitoral para os candidatos começou nesta terça-feira. Os concorrentes estão liberados para distribuir material gráfico, realizar passeata, comício e distribuição de santinhos. Na prática, porém, a campanha nas ruas ainda não começou. O JÁ percorreu as principais ruas do Centro, distritos do Ouro Verde e Campo Grande e região dos DICs, e não há nenhum indicativo que Campinas vai escolher o prefeito e vereadores dentro de 45 dias. A burocracia é o principal motivo para o atraso das propagandas nas ruas. Isso porque, para efetuar qualquer gasto, o concorrente precisa do seu CNPJ, emitido pela Receita Federal após o registro da candidatura, e a abertura da conta bancária. Sem esses dados, os candidatos não podem encomendar material e contratar cabos eleitorais. Coordenadores de campanha e presidentes de diretórios já previam a demora por causa do curto espaço de tempo entre o registro e o início da propaganda eleitoral. A estimativa é que o clima eleitoral tome conta das ruas somente na semana que vem. NA INTERNET, CAMPANHA ACELERA Se a campanha eleitoral pelas ruas ainda não decolou, os nomes e números dos candidatos já tomaram conta da internet e das redes sociais. A divulgação dos concorrentes começou a ser feita através de vídeos, banners e discursos em suas páginas pessoais.