JOGO RÁPIDO

Para Brigatti, a hora é essa

Coluna publicada na edição de 2/6/18 do Correio Popular

Carlo Carcani Filho
01/06/2018 às 18:03.
Atualizado em 28/04/2022 às 10:58

Pela segunda vez na temporada, o auxiliar João Brigatti assume o comando da Ponte Preta. Como ainda estamos entrando em junho, fica evidente que o clube não se preparou de forma adequada para a temporada de 2018. Em outras ocasiões, Eduardo Baptista e Doriva conseguiram realizar bons trabalhos no Moisés Lucarelli. Tanto é verdade que um foi para o Palmeiras e outro atendeu mais do que depressa a um chamado do São Paulo. Em 2018 foi bem diferente. Ambos foram dispensados pela diretoria, com resultados decepcionantes tanto no Paulistão como na Série B. Na primeira vez que assumiu o time, João Brigatti disputou um jogo importante, no qual estava em jogo a permanência na Série A1. O risco de queda era mínimo e o empate em casa por 0 a 0 com a Ferroviária foi suficiente para evitar a queda à Série A2. No Troféu do Interior, a Ponte chegou à final e levou o prêmio de R$ 360 mil, mas, tecnicamente, essas partidas não servem como avaliação. Os adversários eram os piores do Paulistão e vários deles liberaram atletas ao final da primeira fase. Na Copa do Brasil, Brigatti comandou o time no jogo de volta contra o Sampaio Corrêa. Após novo 0 a 0, ficou com a vaga nos pênaltis. Doriva assumiu o comando, disputou 11 jogos e foi demitido com o péssimo aproveitamento de 33,3%. Brigatti, em sua primeira passagem, conseguiu 57,1%. Esse número significa que Brigatti fez um trabalho muito melhor do que Doriva? Não. O auxiliar disputou partidas mais fáceis e menos importantes. Não dá para comparar. Mas agora o cenário será diferente. Brigatti vai disputar apenas jogos da Série B e sob uma pressão que não enfrentou no Troféu do Interior. No jogo de hoje, por exemplo, a Ponte deve ser encarada como favorita diante do Oeste. Um time que acaba de voltar à Série B tem a obrigação de ter aproveitamento excepcional como mandante. O problema é que Doriva perdeu os três jogos que disputou em casa. Essa performance desastrosa lhe custou o emprego e também deixou a Macaca muito distante de seu objetivo e muito próxima do Z4, que, teoricamente, sequer deveria ser uma preocupação para o clube neste ano. A diretoria já disse que está à procura de um treinador e que Brigatti ocupa o cargo de forma provisória. Brigatti já disse, muitas vezes, que deseja assumir a função de forma definitiva. Pode até ser que a oportunidade não venha agora, mas se quiser mostrar que tem potencial, Brigatti precisa somar seis pontos em casa contra Oeste e o desesperado Goiás e tirar a Ponte da posição difícil em que se encontra. Para Brigatti, a hora é essa.

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